Especialista afirma que reforma e abertura da China beneficiaram laços China-EUA

Fonte: Xinhua    21.12.2018 13h29

Atlanta, Estados Unidos, 19 dez (Xinhua) -- Um especialista dos EUA na China disse que a reforma e a abertura da China nos últimos 40 anos produziram resultados significativos que beneficiaram tanto a China quanto os Estados Unidos, o que é um bom augúrio para os laços bilaterais.

Benjamin Shobert, especialista em envelhecimento, reforma da saúde e indústria farmacêutica da China, fez as declarações em uma recente entrevista à Xinhua. Seu último livro, "Culpar a China: é uma sensação boa, mas não vai consertar a economia da América", foi publicado no início deste ano.

"Em relação à reforma e à abertura da China, acho que as pessoas nos Estados Unidos e na China deveriam se dar uma enorme quantidade de crédito pelas mudanças positivas que ocorreram", disse Shobert.

"Neste momento, com a administração atual, é confortável pensar que há mais problemas do que soluções. Mas se você olhar para os últimos 40 anos, eu diria que fizemos progressos significativos e as reformas da China continuam na direção de um país com o qual os Estados Unidos podem construir relações sustentáveis", disse ele.

Em relação ao compromisso do governo chinês de continuar com a reforma e a abertura, "devemos ter boas expectativas", acrescentou.

Ao falar sobre a atuais relações China-EUA, o especialista disse que, apesar de as duas maiores economias do mundo continuarem com um relacionamento muito "desafiador", ele, como americano, está "muito mais preocupado e focado no que acontece aqui (nos Estados Unidos)".

"Acho que grande parte da tentativa do governo de caracterizar os problemas econômicos dos EUA como sendo um subproduto da relação EUA-China é um erro", disse ele. "Há desafios significativos em relação à tecnologia e à engenharia financeira que na verdade constituem problemas muito mais significativos para os norte-americanos comuns do que a relação EUA-China especificamente, ou a globalização em geral".

"Para mim, se quisermos acertar o relacionamento EUA-China por mais 40 anos, temos que corrigir um monte de coisas nos Estados Unidos primeiro", disse ele, listando investimentos em infraestrutura, saúde e ciência básica como prioridade.

No entanto, apesar de todos os desafios à frente para a evolução das relações China-EUA, Shobert disse que é muito possível que as duas nações consigam competir e cooperar ao mesmo tempo.

"Acho que qualquer um de nós que tem irmãos sabe o que é ser competitivo com alguém de quem realmente gostamos, e assim a esperança é que os Estados Unidos e a China possam descobrir uma maneira de ser concorrentes, mas que também possam sempre manter em mente de que nós temos muito mais em comum, do que os que nos faz diferentes", disse o especialista.

(Web editor: 张睿, editor)

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