China se torna maior exportador de bens de comércio eletrônico

Fonte: Diário do Povo Online    02.11.2018 10h43

BEIJING, 2 de nov (Diário do Povo Online) - A China se tornou o maior exportador mundial de bens de comércio eletrônico, com o número de consumidores além fronteiras a aumentar em 10 vezes ao longo dos últimos 3 anos, segundo um estudo noticiado pelo portal thepaper.cn.

O estudo, levado a cabo pela Câmara de Comércio Internacional da China, Deloitte e AliResearch na quarta-feira, revela que o crescimento de consumo da China promoveu o desenvolvimento sustentável dos negócios de exportação.

Os consumidores das gerações pós-1990 e pós-1995 foram os maiores responsáveis por este desenvolvimento.

A taxa de penetração do comércio eletrônico chinês no exterior, a qual se refere à proporção de pessoas que compram produtos importados através de plataformas de e-commerce transfronteiriço, aumentou em 1.6% em 2014 para 10.2% no ano passado, segundo o relatório.

O número de consumidores do Tmall Global, o website de e-commerce transfronteiriço do Grupo Alibaba, aumentou 10 vezes desde 2014 até ao ano passado.

Além disso, o website introduziu no mercado chinês, ao longo de 4 anos, cerca de 19000 marcas estrangeiras, divididas em 3900 categorias, e provenientes de 75 países. Mais de 80% destes produtos deram pela primeira vez entrada no mercado chinês.

A importação de produtos de higiene pessoal, relógios, vestuário, mobiliário, alimentos e bens culturais cresceram no ano passado, dos quais as importações de produtos de higiene pessoal e leite em pó apresentaram crescimentos de 48.6% e 40.4%, respetivamente.

O relatório revela que a União Europeia, EUA, ASEAN, Japão, Nova Zelândia e Austrália são os principais fornecedores de bens de consumo importados para a China. Os produtos importados da UE no ano passado perfizeram 4.36 trilhões de yuans, correspondendo a 39.7% do total de bens de consumo importados pelo país.

Nos últimos anos, o corte de impostos dos bens de consumo importados tem intensificado, com uma redução média de 6.9% em julho de 2018.

“A China está se tornando um dos maiores mercados de consumo do mundo, sendo que o seu mercado está ainda se expandindo. Por um lado, os cortes de impostos da China sobre bens de consumo importados são cada vez maiores. Por outro lado, a política chinesa continua a encorajar a importação transfronteiriça via e-commerce e outros novos modelos de negócio”, disse Gao Hongbing, presidente da AliResearch.

“Apesar do impacto sobre o sistema de comércio multilateral e da ascensão do unilateralismo e protecionismo, a globalização econômica não deixa de ser uma tendência irreversível”, defende Yu Min, diretor do secretariado da ICC China.

Yu afirma que a média anual de crescimento das importações de bens da China atingiu 13.5% entre 2001 e 2017 — 6.9 pontos percentuais acima da média global. O país se tornou no segundo maior importador do mundo, com a importação de bens a atingir os 20 trilhões e o crescimento do comércio de serviços a alcançar os 16.7%, perfazendo cerca de 10% do total de importações do comércio global de serviços. 

(Web editor: Chen Ying, editor)

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