BEIJING, 31 de out (Diário do Povo Online) - O número de nascimentos na China deverá continuar a decrescer este ano, três anos após a implementação da política nacional estabelecida para encorajar os casais a ter o segundo filho, de acordo com o presidente da China Population Association.

 “O número de pessoas nascidas irá indubitavelmente continuar a cair este ano, bem como durante os próximos anos”, disse Zhai Zhenwu, um professor especializado em estudos populacionais da Universidade Renmin da China.

Zhai, também presidente da China Population Association, disse que um dos grandes motivos para a queda da natalidade é o decréscimo acentuado do número de mulheres em idade fértil, o qual sofre um corte de 5 a 6 milhões anualmente.

“Por isso, mesmo que o rácio de nascimentos se mantenha, o número total de pessoas nascidas irá continuar a diminuir”, disse.

“Outro motivo para o decréscimo expectável de nascimentos é que muitos casais que planejaram ter o segundo filho, apressaram-se a fazê-lo durante os primeiros anos da implementação da política, sendo que o pico desse período irá terminar em breve”, explica Zhai.

No entanto, Zhai afirma que a política universal do segundo filho ajudou a aumentar a taxa de natalidade, e que o número de segundos filhos nascidos na China foi de cerca de metade do total de nascimentos na China o ano passado.

 “Sem a política universal do segundo filho, o número de nascimentos testemunharia uma queda mais drástica”, argumenta.

Zhai sugeriu a criação de um ambiente mais propício à natalidade, tal como o estabelecimento de mais infantários, de modo a encorajar o nascimento de uma segunda criança.

 “Todavia, devemos compreender que o fato de várias medidas projetadas para estimular os nascimentos não irão conseguir conter a diminuição do número de nascimentos, tal como experiências levadas a cabo em países como o Japão ou a Coreia do Sul têm demonstrado”, concluiu.