China refuta acusações dos EUA sobre "diplomacia da dívida"

Fonte: Xinhua    18.10.2018 14h39

Beijing, 18 out (Xinhua) -- O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Lu Kang refutou na quarta-feira as acusações dos Estados Unidos no sentido de que a China utiliza a chamada "diplomacia da dívida" para ampliar sua influência a nível mundial.

Lu também pediu que a parte norte-americana veja corretamente a cooperação da China com os países em desenvolvimento.

Em um discurso recente, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, acusou a China por usar a chamada "diplomacia da dívida" para ampliar sua influência em todo mundo.

O secretário de Defesa norte-americana, James Mattis, disse durante sua visita a Vietnã que a China "adotou um comportamento econômico predatório" e empilhou uma dívida massiva sobre países mais pequenos que resultará difícil de pagar.

"Diante de múltiplos feitos e estatísticas, os Estados Unidos, em repetidas ocasiões, fabricou mentiras e tem feito declarações irresponsáveis derivadas de suas próprias necessidades políticas. Isto é decepcionante", disse Lu em uma coletiva de imprensa regular.

De acordo com o porta-voz, a China entende as dificuldades que os países em desenvolvimento enfrentam, coopera com eles usando sua própria experiência de desenvolvimento e lhes ajuda dentro de suas próprias capacidades e sem nenhuma condição política.

Lu assinalou que esta cooperação promoveu, em grande medida, o desenvolvimento econômico e social dos países relevantes e melhorou o bem-estar das pessoas locais.

"Por exemplo, a ferrovia Mombasa-Nairóbi, financiado e construído pela China, gerou quase 50 mil empregos para o Quênia. O Corredor Econômico China-Paquistão contribuiu 2,5 pontos percentuais do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Paquistão em 2016", disse Lu, acrescentando que essa cooperação é bem-vinda em muitos países em desenvolvimento.

De fato, os projetos de cooperação relacionados com a China representam apenas uma parte muito pequena da dívida dos países e regiões aos quais os EUA se referiram recentemente de maneira exagerada, e não há nem um só país sumido em "a armadilha da dívida" devido à cooperação com a China, assinalou Lu.

"Para o final de 2017, os empréstimos da China representaram apenas 10% da dívida externa de Sri Lanka. Os empréstimos totais da China para as Filipinas foram menos de 1% de sua dívida externa", disse.

"O embaixador de Sri Lanka na China disse recentemente que a acusação de que o governo chinês arrastou seu país à 'armadilha da dívida' é totalmente errônea. O ministro das Finanças paquistanês também refutou a acusação norte-americana no sentido de que a construção do Corredor Econômico China-Paquistão gerou uma crise de dívida em seu país. Acredito que estes países são quem mais têm a dizer", indicou Lu.

Na cúpula do Fórum de Cooperação China-África realizada este ano em Beijing, assim como no 73ª sessão da Assembleia Geral da ONU, muitos líderes africanos também expressaram suas objeções à falácia de que a cooperação China-África piorou a carga da dívida do continente, disse Lu, assinalando que expressaram seu desejo de desenvolvimento, financiamento e cooperação.

Os EUA não receberão apoio através de cravar etiqueta com indiscrição sobre a China, disse o porta-voz.

"Pedimos a parte norte-americana veja corretamente a cooperação da China com os países em desenvolvimento e esperamos que façam mais coisas práticas em favor do desenvolvimento desses países, em vez de ficar ociosos e gerar problemas", afirmou.

É pouco ético que algum país favoreça suas próprias necessidades políticas às custas do bem-estar das pessoas dos países em desenvolvimento, acrescentou Lu. 

(Web editor: Chen Ying, editor)

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