China critica exclusivismo em acordos de livre comércio

Fonte: Xinhua    12.10.2018 15h20

Beijing, 12 out (Xinhua) -- O Ministério do Comércio da China disse nesta quinta-feira que o exclusivismo não deve ser procurado em acordos de livre comércio.

As observações foram feitas com relação a uma provisão no novo acordo de comércio entre os EUA, México e o Canadá.

"O princípio de abertura e abrangência devem ser defendidos [ao estabelecer áreas de livre comércio], enquanto a capacidade de outros membros para relações externas não deve ser restringida. Não deve haver nenhum exclusivismo", disse o porta-voz da pasta, Gao Feng, em uma coletiva de imprensa.

Ele fez o comentário sobre uma provisão no novo "Acordo EUA-México-Canadá", que estipula que, se um país membro quiser fechar um acordo de livre comércio com uma economia "não de mercado", deve notificar os outros três meses antes do início das negociações, enquanto os outros podem se retirar dentro de seis meses para criar seu próprio pacto de comércio bilateral.

"As cláusulas sobre as assim chamadas economias 'não de mercado' não existem nas regras de comércio multilateral da Organização Mundial do Comércio (OMC). Só existem em leis domésticas de certos membros", disse Gao. "A China se opõe à prática de colocar leis domésticas acima do direito internacional e impor a vontade de um país sobre os outros."

"Um país deve atrair seus parceiros comerciais com fatores como potencial de mercado e ambiente de políticas, com base no princípio de respeito mútuo, negociações iguais e benefícios mútuos".

"Acreditamos que cada economia desfrute de autonomia no desenvolvimento de relações de comércio exterior e valorize seus laços comerciais com a China de acordo com sua demanda por cooperação mutuamente benéfica."

Gao disse que o mais importante para a China é seguir seu próprio caminho e fazer seu próprio trabalho.

"O país continuará a avançar com reforma estrutural no lado da oferta e a otimizar suas estruturas regionais, industriais e de produtos para buscar um desenvolvimento de alta qualidade", disse.

"A China continuará a defender firmemente a liberalização e facilitação comercial e a apoiar o sistema de comércio multilateral, e trabalhará com os parceiros comerciais para tornar o mecanismo do comércio mundial mais justo e mais equitativo".

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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