FMI corta previsão de crescimento econômico global

Fonte: Diário do Povo Online    10.10.2018 10h43

Christine Lagarde, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), fez discurso em Washington, nos EUA, a 1 de outubro de 2018. [Foto/Xinhua]

WASHINGTON, 10 de out (Diário do Povo Online) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou na terça-feira (9) a sua previsão de crescimento econômico global para 3,7% em 2018 e 2019, 0.2% inferior do que na sua estimativa feita em abril para ambos os anos, citando o crescente protecionismo comercial e a instabilidade nos mercados emergentes.

De acordo com as últimas perspetivas da economia mundial (WEO, na sigla inglesa), os Estados Unidos podem crescer mais lentamente, em 2,5%, no próximo ano devido às medidas comerciais anunciadas recentemente, incluindo as tarifas impostas sobre importações da China com um valor de 200 bilhões de dólares. Na previsão de abril, o FMI previu um aumento de 2,7% da economia dos EUA.

O crescimento dos Estados Unidos diminuirá, pois as medidas de estímulo fiscal começarão a relaxar em 2020, quando o ciclo de aperto monetário é esperado a chegar ao seu pico, de acordo com o relatório.

A escalada das tensões comerciais e a mudança potencial de um sistema comercial multilateral baseado em regras são as principais ameaças à perspetiva global, alertou a WEO.

O relatório acrescentou que a intensificação de tensões comerciais e o aumento da incerteza política podem prejudicar o mercado comercial e financeiro, desencadeando a volatilidade do mercado financeiro e desacelerando o investimento e o comércio.

"Barreiras comerciais mais altas podem perturbar as cadeias de fornecimento globais e desacelerar a promoção de novas tecnologias, reduzindo a produtividade e o bem-estar global. Mais restrições às importações também podem tornar os bens de consumo comercializáveis menos acessíveis, prejudicando desproporcionalmente as famílias de baixo rendimento."

"Sem o multilateralismo, o mundo será um lugar mais pobre e mais perigoso," disse em uma declaração o economista chefe do FMI, Maurice Obstfeld. 

(Web editor: Chen Ying, editor)

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