A visita do Presidente Xi Jinping à Rússia deverá injetar um novo ímpeto aos laços sino-russos, promovendo uma maior cooperação econômica regional, segundo os analistas.

Xi irá participar no Fórum Econômico Oriental, a decorrer terça e quarta-feira, em Vladivostok, na Rússia, sob convite do seu homólogo, Vladimir Putin.

Esta será a primeira vez que Xi participa no fórum anual desde que este foi proposto por Putin em 2015.

Li Hui, embaixador chinês na Rússia, disse à Xinhua que a participação de Xi no fórum será um marco no desenvolvimento das relações sino-russas na nova era, e que tal irá imprimir um novo curso para a paz e estabilidade regionais.

De acordo com o diplomata, a presença de Xi no fórum revela que, de modo a promover o desenvolvimento econômico regional, a escolha certa a fazer é aderir a um princípio de benefício mútuo, melhorar a cooperação e incrementar a facilitação ao comércio e investimento.

Jin Yong, vice-diretor da Faculdade de Estudos Internacionais da Universidade de Comunicação da China, disse que a participação de Xi no fórum irá promover a cooperação econômica regional, a qual é particularmente significativa numa altura em que a tendência de protecionismo é cada vez mais proeminente.

“Isso revela a atitude positiva da China na promoção da cooperação na região”, afirmou.

A iniciativa do Cinturão e Rota, proposta pela China, e a União Econômica Euroasiática, proposta pela Rússia, deverão se interconectar e aumentar o grau de proximidade entre os dois países, acrescentou.

O website de notícias russo ekd.me afirma que a visita de Xi irá alagar o número de tópicos a serem discutidos pelos dois parceiros, e que os dois governos irão fundamentalmente discutir o desenvolvimento do comércio eletrônico transfronteiriço.

Também durante a visita, o apoio político e financeiro às empresas chinesas e russas para implementação de projetos no extremo oriente será discutido, adianta o website ekd.me.

O jornal russo Izvestia realçou que a visita de Xi à Rússia será a sétima desde 2013, acrescentando que a parceria estratégica integral de coordenação serve de modelo efetivo para a relação bilateral.