Los Angeles, 5 set (Xinhua) -- A Associação Americana de Maçã informou na quarta-feira que os produtores de maçã estão sofrendo danos causados pela política comercial do governo.

O grupo, representando os 7.500 produtores de maçã do país, cerca de 40 associações estaduais e regionais de maçãs e centenas de empresas ligadas ao cultivo de maçã, divulgou nove tweets na quarta-feira em suas páginas oficiais, dizendo que os produtores de maçã de Nova York discutiram com os líderes do Congresso sobre questões comerciais cruciais do Capitólio que estão afetando a indústria.

A reunião contou com a participação de dois senadores e quatro representantes, incluindo o líder da minoria do Senado, Charles Ellis Schumer, que também é senador pelo estado de Nova York.

Jim Bair, diretor da Associação Americana de Maçã, foi citado pelo tweet dizendo que a colheita está começando nos Estados Unidos e que normalmente é uma temporada de entusiasmo, mas este ano o impacto das tarifas impostas pelos parceiros comerciais para retaliar a política comercial EUA será sentida profundamente por toda a indústria.

Em março, o México impôs uma tarifa de 20% às maçãs dos EUA em retaliação aos aumentos das tarifas dos EUA sobre as importações de aço e alumínio, disse o grupo. O México é o principal mercado de exportação de maçãs dos EUA, com um valor de 291 milhões de dólares americanos em 2017.

"O recente acordo comercial com o México é um bom primeiro passo para recuperar esse mercado, mas não diminui as barreiras", disse Kaari Stannard, diretor da Associação de Vendas de Maçãs de Nova York. "Os produtores ainda enfrentam uma tarifa de 20% em nosso maior mercado por causa da retaliação de aço e alumínio".

Enquanto isso, o Canadá ainda não é parte do novo Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), que poderia reabrir o acesso isento de impostos ao mercado de maçãs dos dois vizinhos dos EUA.

"Como nosso terceiro mercado de exportação, o Canadá precisa ser (parte do NAFTA)", disse a associação.

Sob o NAFTA, a indústria de maçã dos EUA quadruplicou suas exportações para o México e dobrou suas exportações para o Canadá, com um volume combinado de quase 450 milhões de dólares por ano.

Além disso, como a indústria de maçã dos EUA ganhou acesso total ao mercado chinês em 2015, as exportações de maçã dos EUA aumentaram para 2,5 milhões de caixas por ano e a China é agora o sexto maior mercado de exportação de maçãs dos EUA.

Em cooperação com a Farmers for Free Trade, um dos principais grupos de lobby do comércio agrícola dos EUA, a Associação Americana da Maçã, em junho, publicou anúncios na TV a cabo, conclamando a Casa Branca a "encerrar a guerra comercial".