Pesquisa mostra aumento da vantagem do ex-presidente Lula nas eleições

Fonte: Xinhua    24.08.2018 10h23

Rio de Janeiro, 24 ago (Xinhua) -- Preso desde 7 de abril para cumprir condenação de 12 anos e um mês por suposta corrupção passiva, o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) continua ampliando sua vantagem nas pesquisas sobe as intenções de voto para as eleições presidenciais de outubro.

Segundo a pesquisa divulgada nesta quarta-feira pelo Datafolha, caso consiga concorrer pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Lula teria 39% dos votos no primeiro turno, 20 pontos mais que seu principal rival, o deputado da extrema-direita e capitão da reserva Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL).

A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, obteria 8% dos votos, seguida pelo ex-governador de São Paulo e candidato do Partido Social Democrata Brasileiro (PSDB), Geraldo Alckmin, com 6% e pelo ex-ministro Ciro Gomes, do Partido Trabalhista (PDT), com 5%.

Onze por cento dos entrevistados votariam em branco ou anulariam o voto, enquanto 3% disseram não saber em quem votar.

Em uma simulação de segundo turno, Lula seria eleito por ampla diferença contra qualquer dos outros candidatos.

Caso Lula seja considerado inelegível, devido à Lei que proíbe candidaturas de condenados em segunda instância, sendo substituído por seu vice, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, Jair Bolsonaro seria o candidato mais votado, com 22% dos votos, seguido por Marina Silva (16%), Ciro Gomes (10%), Geraldo Alckmin (9%) e Haddad (4%).

Nesse cenário, 22% disseram que votariam em branco ou nulo e 6% responderam que não saberiam em quem votar.

Apesar de Haddad aparecer com 4%, outras questões da pesquisa indicaram que 31% dos entrevistados afirmaram que votariam no candidato indicado por Lula e outros 18% admitiram a possibilidade, o que faz analistas políticos acreditarem que Haddad chegará ao segundo turno.

A pesquisa do Datafolha, encomendada pela TV Globo e pelo jornal Folha de São Paulo entrevistou 8.433 pessoas de 313 municípios brasileiros entre 20 e 21 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%, o que significa que há uma probabilidade de 95% de que os resultados retratem o atual momento eleitoral.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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