Cientistas chineses instalaram um sistema de estação de gelo autônoma pela primeira vez no Oceano Ártico, inaugurando a "era não-tripulada" de observação científica do Pólo Norte.
A estação de gelo não tripulada foi instalada por cientistas na nona expedição ártica do país na quarta-feira, e os dados de observação foram transmitidos com sucesso.
As estações de pesquisa podem realizar observações autônomas de múltiplos fluxos no oceano, no gelo marinho e na atmosfera, o que é fundamental para pesquisas sobre as mudanças no gelo marinho e interações ar-mar-gelo no Ártico, disse Lei Ruibo, um cientista da equipe de expedição do Ártico.
"A estação é um complemento eficaz (para a pesquisa) na ausência de navios de expedição científica", explica.
Atualmente, a maioria dos países usa quebra-gelos para explorar o Ártico - principalmente no verão, resultando em uma falta de compreensão dos principais processos, como o derretimento do gelo na primavera e o congelamento no outono, os quais são cruciais para a compreensão das mudanças no gelo marinho.
"A estação de gelo não tripulada foi desenvolvida de forma independente pela China e poderá realizar observações de forma mais abrangente", disse Lei Ruibo.
"Além disso, considerando as condições ambientais naturais do Ártico e o suporte limitado para a instalação de equipamentos, projetamos um plano de embalamento composto de dois protótipos e quatro subsistemas, um esforço sem precedentes no mundo", disse ele.
A estação de gelo não tripulada possui um número de tecnologias desenvolvidas de forma independente, como a observação de longo prazo por radiação de luz dentro do gelo marinho.
Em julho, o navio quebra-gelo de pesquisa Xuelong, ou Snow Dragon, zarpou de Shanghai para a nona expedição de pesquisa do Ártico, que durará mais de dois meses.