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Primeiro-ministro australiano elogia cooperação bilateral com a China

Fonte: Xinhua    09.08.2018 14h29

O primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, fala na Universidade de Nova Gales do Sul (UNSW, na sigla em inglês) em Sydney, Austrália, em 7 de agosto de 2018. O primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, destacou a força das relações Austrália-China na terça-feira, falando sobre a importância da colaboração nas áreas de educação e inovação. (Xinhua/Zhu Hongye)

 

Por Levi J Parsons

Sydney, 7 ago (Xinhua) -- O primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, destacou a força das relações Austrália-China na terça-feira, falando sobre a importância da colaboração nas áreas de educação e inovação.

Falando a autoridades que incluíam o embaixador da China na Austrália, Cheng Jingye, e o Cônsul Geral, Gu Xiaojie, em um evento da Universidade de Nova Gales do Sul (UNSW), Turnbull disse que a colaboração entre a indústria e as instituições na Austrália e no exterior é essencial para obter os maiores benefícios da pesquisa acadêmica.

"A UNSW apoia parcerias e colaboração internacionais, particularmente com a China, através do Programa Torch", disse ele.

Um dos grandes exemplos dessa colaboração, de acordo com Turnbull, é o do pesquisador Sean Li, que passou por um extenso trabalho sobre o grafeno, que melhorou as linhas de transmissão da rede elétrica de alto desempenho.

"O grafeno é um material extraordinariamente fino e flexível, com 40% mais condutividade que o cobre e, como resultado deste trabalho, a UNSW assinou um contrato de 20 milhões (14,85 milhões em dólares americanos) com uma empresa chinesa."

"Espera-se impulsionar as transmissões (na China) em 5 %, o que equivale a economizar 275 terawatts-hora."

"Portanto, esta é uma grande parceria, fundamental quando o mundo está lidando com demandas e custos de energia mais elevados."

Identificando o setor de energia como uma área importante onde ambos os países devem continuar trabalhando juntos, devido aos desafios compartilhados de fornecer energia acessível e sustentável para áreas remotas, Turnbull explicou como parcerias entre cientistas chineses e australianos têm ajudado historicamente a estimular a indústria de energia solar em todo o mundo.

"Uma das colaborações mais significativas do momento entre a Austrália e a China foi a liderada pelo professor Martin Green, que, no início deste ano, se tornou o primeiro australiano a ganhar um prestigiado prêmio mundial de energia por revolucionar a eficiência e o custo da energia solar fotovoltaica."

A partir dos anos 70, até o final dos anos 90, Green havia feito progressos significativos na eficiência das células solares de silício e, ao mesmo tempo, vários de seus graduados da UNSW fundaram várias fábricas de painéis solares na China.

"Várias das maiores empresas de energia solar da China começaram como empreendimentos entre a Austrália e a China", disse Turnbull.

"Esta colaboração continuou com constantes melhorias na tecnologia de fabricação, resultando em avanços extraordinários na acessibilidade da energia solar."

"Todas essas melhorias na eficiência da energia fotovoltaica, na tecnologia e na ciência que possibilitam isso, vieram da colaboração entre cientistas australianos e chineses".

"Dos 100 estudantes de doutorado que trabalham com o professor Green, metade são estudantes chineses", disse ele.

Com este tremendo sucesso decorrente da inovação e tecnologia, o primeiro-ministro também sugeriu que pode haver oportunidades para a China e a Austrália trabalharem juntas em projetos de construção e desenvolvimento.

"Estamos ansiosos para trabalhar com a China nos projetos da Iniciativa do Cinturão e Rota", disse ele.

"O investimento em infraestrutura global é um bom exemplo de como os países devem trabalhar juntos, como estamos, por exemplo, com o Banco de Desenvolvimento da Ásia e, mais recentemente, com o Banco Asiático de Desenvolvimento em Infraestrutura."

"Geralmente recebemos mais investimentos em infraestrutura em nossa região (...) nós sempre tivemos mais sucesso como país, economicamente e socialmente, quando estivemos abertos ao mundo".

 

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