Telescópio chinês enriquece entendimento da galáxia

Fonte: Xinhua    08.08.2018 09h05

Beijing, 8 ago (Xinhua) -- Uma estrela gigante, recentemente identificada como a estrela mais rica em lítio já conhecida, foi acrescentada à lista de descobertas reconhecidas de um telescópio em Xinglong, na Província de Hebei, norte da China.

O Telescópio Espectroscópico de Fibra de Objetos Múltiplos da Grande Área no Céu (LAMOST, em inglês) iniciou pesquisas regulares em 2012. Ele recolheu cerca de 10 milhões de espectros durante seis anos e estabeleceu o maior banco de dados do mundo de espectros estelares.

"O número de espectros estelares liberados pelo LAMOST é 1,8 vez maior que o total de outras pesquisas astronômicas", disse Zhao Gang, astrônomo-chefe do Observatório Astronômico Nacional da China da Academia Chinesa de Ciências.

Espectros são fundamentais para os astrônomos lerem composições químicas, densidades, atmosferas e magnetismo de corpos celestiais.

O telescópio pode observar cerca de 4 mil corpos celestiais ao mesmo tempo e fez uma contribuição enorme para o estudo da estrutura da Via Láctea, disse Zhao.

Com o LAMOST, os astrônomos descobriram que a Via Láctea pode ser duas vezes maior do que se pensava anteriormente. Eles também têm uma imagem mais clara da estrutura do halo ao redor de nossa galáxia, assim como novas evidências de que ela foi formada por fusões de pequenas galáxias.

Usando dados do telescópio, eles estimaram que a matéria escura representa mais de 90% da massa total da nossa galáxia. Mas a densidade da matéria escura é baixa na localização do nosso sol, o que torna muito difícil detectá-la diretamente.

O telescópio também pode ajudar a calcular a idade de mais de um milhão de estrelas, fornecendo dados básicos para estudar a evolução da nossa galáxia.

Os astrônomos mediram o índice de atividade magnética de cerca de 6.000 estrelas semelhantes ao Sol, bem como a excentricidade e o ângulo de inclinação das órbitas de cerca de 700 exoplanetas, e descobriram que quase 80% de suas órbitas são quase circulares, semelhantes às órbitas dos planetas no sistema solar. Isso indica que o sistema solar não é especial no universo, dando aos cientistas mais confiança na busca de exoplanetas semelhantes à Terra e vida extraterrestre.

Entre os espectros coletados pelo LAMOST, os astrônomos descobriram algumas estrelas incomuns. Por exemplo, foram encontradas cinco "estrelas de hipervelocidade" que viajam tão rapidamente que são capazes de escapar da atração gravitacional da Via Láctea.

Astrônomos também descobriram mais de 12 mil quasares nos confins do universo.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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