Os avanços industriais da China e as transformações da sua rede energética são as principais razões para o decréscimo das emissões de carbono registradas. A tendência desta queda deverá continuar, de acordo com uma investigação recente.
Liderada pela Universidade Tsinghua, a investigação foi co-conduzida por especialistas da China, Reino Unido e dos Estados Unidos.
A investigação conta com a recolha de dados da China Emission Accounts and Datasets, que congrega especialistas internacionais em torno dos métodos e aplicação dos registros de emissões na China.
Os investigadores avaliaram quantitativamente os catalisadores do pico e da queda das emissões de carbono na China entre 2007 e 2016.
A investigação revelou que as emissões de carbono na China aumentaram entre 2000 e 2013, sucedendo-se uma queda gradual entre 2013 e 2016.
O relatório ressalta o aumento do investimento em infraestrutura entre 2007 e 2013, o que terá levado a um rápido aumento nas emissões de carbono.
Após 2013, o investimento da China em infraestruturas registrou uma queda. Em igual período, o melhoramento da indústria e a queda no consumo de carvão tiveram reflexo nas emissões de carbono.
A investigação comprova que a redução das emissões de carbono da China deverá continuar, no caso das tendências de melhoramento dos equipamentos industriais e a transição de sistemas energéticos se mantiver.
Estes fatores garantem uma base científica para o governo formular políticas de redução das emissões.
A investigação foi publicada na revista Nature Geoscience.