As autoridades da China disseram que o país será capaz de fazer frente à escassez de grãos de soja, fruto da implementação de tarifas dos EUA.
Vários especialistas afiliados com as autoridades alimentares do país referem que as compras chinesas de grãos de soja norte-americanos, uma das colheitas-chave dos agricultores estadunidenses, será significativamente reduzida após a administração Trump ter aplicado 25% de tarifas sobre as importações.
Esta medida dos EUA irá aumentar o custo das importações de soja provenientes dos EUA para os 700-800 yuan por tonelada, o que significa um custo de 300 yuans a mais que a soja brasileira, referem os especialistas.
A 28 de junho, a China totalizava 3 semanas seguidas sem encomendas de soja dos EUA, tendo cancelado a compra de 615.000 toneladas durante o mesmo período.
De acordo com o especialista, o Brasil tem uma colheita abundante de soja este ano. Além disso, a plantação desta espécie irá aumentar substancialmente na América do Sul no próximo ano. Os países da Ásia Central ao longo do “Cinturão e Rota” poderão também aumentar o cultivo da soja.
Além disso, a China poderá aumentar a produção doméstica de soja e ampliar as importações para assegurar o fornecimento. O país planeja reforçar a investigação para encontrar alternativas que reduzam a dependência da soja, tornando o país capaz de suprir a ausência das importações dos EUA, segundo o especialista.
Com o aumento da aposta no cultivo de soja por parte dos EUA e com o progressivo declínio nas exportações, os agricultores norte-americanos deverão sofrer perdas significativas.
Ao longo dos últimos 20 anos, 85% do aumento do comércio global da soja proveio da China, sendo que o país continuará a ser o principal motor para o aumento do comércio deste produto no futuro.