Via Láctea poderá ser maior que o previsto, segundo observações com recurso a telescópio chinês

Fonte: Diário do Povo Online    04.07.2018 14h33

Um grupo de astrónomos está recalculando as dimensões da Via Láctea com recurso a um telescópio chinês.

Durante décadas, os astrónomos mapearam a dimensão da galáxia em cerca de 50,000 anos luz, com o sol situado a cerca de 25,000 anos luz do centro da Via Láctea. Existe uma fronteira clara na extremidade do disco estelar galáctico, sendo que o número de estrelas reduz abruptamente para lá da fronteira.

Porém, nos últimos anos, novas jovens estrelas foram descobertas para lá da presumível fronteira, indicando que o disco estelar se prolonga ainda mais, de acordo com dados do telescópio localizado em Xinglong, a norte da província de Hebei.

O “Large Sky Area Multi-Object Fiber Spectroscopic Telescope” (LAMOST), do Observatório Astronômico Nacional (OAN) da Academia Chinesa de Ciências, pode observar cerca de 4,000 corpos celestiais de cada vez, tendo conferido um contributo massivo para o estudo da estrutura da galáxia.

Liu Chao, astrônomo do OAN contou as estrelas na extremidade da galáxia usando dados do LAMOST e delineou um corte transversal do anel externo da Via Láctea no final de 2017.

Aí verificou que as estrelas eram menos, mas que não paravam a 50,000 anos luz do centro da galáxia. Elas estendiam-se até 62,000 anos-luz.

Desde então, outros astrônomos, incluindo cientistas na Espanha, juntaram-se à investigação de Liu. Eles determinaram que o raio do disco estelar galáctico poderia atingir 100,000 anos-luz.

Os cientistas chineses estabeleceram o maior banco de dados do mundo de espetros estelares com base nas observações do LAMOST. Ele irá ajudar a melhor compreender a Via Láctea e a estudar a evolução das galáxias e do universo.

(Web editor: Chen Ying, editor)

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