Beijing, 3 jul (Xinhua) -- A China visa desenvolver uma nova série de foguetes transportadores Longa Marcha em tamanho pequeno, médio, grande e de carga pesada até 2030 para atender às demandas de suas operações espaciais, informou um especialista.

A capacidade dos foguetes chineses atingirá 140 toneladas para órbita baixa da Terra, 44 toneladas para órbita de transferência Terra-Marte, 50 toneladas para órbita de transferência Terra-Lua e 66 toneladas para órbita de transferência geossincrônica em 2030, disse Long Lehao, membro da Academia Chinesa de Engenharia e engenheiro-chefe da Academia Chinesa de Tecnologia de Veículos de Lançamento, ao dar um discurso na Universidade Tsinghua.

Um dos foguetes da nova geração será o Longa Marcha-9 de carga pesada. O foguete terá um estágio central com um diâmetro de 10 metros e quatro propulsores com um diâmetro de até 5 metros.

Segundo Long, o peso de decolagem do Longa Marcha-9, de uma altura de 93 metros, ultrapassará 4 mil toneladas e seu impulso de decolagem se aproximará de 6 mil toneladas. O foguete será capaz de transportar uma carga útil de 140 toneladas para a órbita baixa da Terra.

O Longa Marcha-9 terá duas variantes: uma com dois propulsores e outra sem.

Alguns avanços já foram alcançados nas tecnologias do Longa Marcha-9.

Pode-se ser usado em pousos lunares tripulados, exploração do espaço profundo e construção de uma usina solar baseada no espaço, afirmou Long.

A China também está desenvolvendo um foguete espacial reutilizável, o Longa Marcha-8, que deverá ser lançado ao redor de 2021. Ele terá dois estágios e dois propulsores. Espera-se que o primeiro estágio e os propulsores sejam recuperados através do pouso vertical, acrescentou.

Sua variante Longa Marcha-8A será equipada com dois maiores propulsores e um estágio superior.

A China desenvolveu mais de 10 tipos de foguetes transportadores que enviaram mais de 400 naves espaciais ao espaço, incluindo mais de 60 lançamentos de satélites comerciais para mais de 20 países. A taxa de sucesso e a precisão de injeção na órbita estão entre as mais altas do mundo.