Zhao Kangming, o arqueólogo que descobriu os guerreiros de terracota, morreu a 16 de maio, aos 82 anos de idade, após uma vida dedicada ao estudo das relíquias culturais da China, de acordo com o jornal Beijing Youth Daily.
Zhao foi o primeiro especialista a chegar ao local onde permaneciam os guerreiros de terracota, em Xi’an, quando estes foram descobertos, em 1974. A descoberta despoletou o início de uma escavação de décadas de uma das maravilhas do mundo antigo.
“Zhao Kangmin foi o primeiro grande descobridor dos guerreiros de terracota e da sua verdadeira importância. Além disso, é um dos pioneiros das escavações no local onde as relíquias se encontram. Ele dedicou a sua vinda inteira trabalhando em relíquias culturais e museus, tendo participado nas escavações e no estudo de vários locais históricos, oferecendo contributos incomensuráveis”, disse Hou Ningbin, diretor do Museu do Mausoléu do Imperador Qinshiguang.
Zhao esteve também envolvido em outras explorações arqueológicas, como a Aldeia do Gengibre, do neolítico, e os templo Qingshan e palácio de Huaqing, ambos da dinastia Tang.
Anos de trabalho de campo árduo tiveram influência na saúde de Zhao, que sofria de enfermidades no estômago e pulmões. No entanto, as doenças não foram motivo suficiente para o fazer desistir do trabalho: no último mês da sua vida, Zhao estava ainda ocupado com o estudo de epígrafes da dinastia Tang.
A notícia da morte de Zhao reverberou na China e em todo o mundo, dada a sua importância no contexto da arqueologia chinesa. A BBC, o Telegraph e o New York Times, por exemplo, destacaram o contributo do arqueólogo para a descoberta e preservação dos guerreiros de terracota.