Caminhoneiros portugueses ameaçam bloqueios em massa devido ao aumento dos preços dos combustíveis

Fonte: Xinhua    30.05.2018 08h47

Lisboa, 30 mai (Xinhua) -- Os caminhoneiros portugueses começaram a protestar contra os altos preços dos combustíveis na segunda-feira, ameaçando paralisar o país se o governo não considerar adequadamente suas demandas.

Os caminhoneiros estão furiosos porque os preços dos combustíveis em Portugal estão entre os mais altos da Europa. Mais da metade do custo é contabilizado por impostos e taxas após um aumento do governo em 2016.

Na manhã de segunda-feira, a Associação Nacional dos Transportadores Portugueses (ANTP), que representa empresas de transportes e condutores, reuniu-se com o Ministério do Planejamento e Infraestruturas, o departamento governamental responsável pelo transporte.

Os ministros prometeram criar um grupo de trabalho para considerar as propostas da ANTP. Uma dessas propostas é a criação de uma Secretaria de Estado dos Transportes para regular o setor.

A ANTP também quer que o preço do combustível seja indexado aos custos operacionais de transporte, trazendo-o assim em melhor linha com a inflação.

Os protestos até agora têm sido fortes, mas a ANTP disse à agência de notícias portuguesa Lusa que está pronta para bloquear as autoestradas "do norte para o sul do país e nas fronteiras" com a Espanha. Acrescentou que o bloqueio "tem hora precisa de início, mas nenhuma programação para o término".

As táticas incluiriam protestos vagarosos para entupir as estradas e o estacionamento de caminhões ao longo das laterais das rodovias.

A ANTP foi formada em 2008, quando um protesto semelhante fez com que postos de gasolina e o aeroporto de Lisboa ficassem sem combustível.

A Associação Nacional de Transporte Público de Mercadorias Rodoviárias (ANTRAM) juntou-se à ANTP nas negociações de segunda-feira do governo.

As propostas da ANTRAM incluíam um programa de isenção de impostos para condutores profissionais a serem implementados por mais dois anos e com um acréscimo de licenças, permitindo aos condutores pedir mais litros por ano.

A revista Sábado citou a ANTRAM dizendo que daria ao governo quatro dias para responder antes de oferecer "total solidariedade a quaisquer ações que as empresas de transporte decidam realizar".

(Web editor: Juliano Ma, editor)

Artigos Relacionados

0 comentários

  • Usuário:
  • Comentar:

Wechat

Conta oficial de Wechat da versão em português do Diário do Povo Online

Mais lidos