Por Wang Lu e Zhang Chao, correspondentes da Xinhua
Beijing, 29 mai (Xinhua) -- O chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), Chui Sai On, revelou nesta segunda-feira que se estabelecerá a Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
Ele fez o anúncio na Cerimônia de Lançamento e de Assinatura de Protocolo do Programa "Parceria de Cooperação Pequim-Macau 2018", durante a 5ª Feira Internacional China-Beijing para Comércio de Serviços, em Beijing, aberta ontem e que vai até 1º de junho.
Segundo Chui, Macau terá maior espaço e mais oportunidades de desenvolvimento com uma série de políticas preferenciais, como a abertura da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau e a implementação do Plano de Desenvolvimento da Área da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau.
Logo depois da cerimônia, foi realizada a Conferência de Promoção da Plataforma de Serviços de Cooperação Comercial Sino-Portuguesa, que atraiu cerca de 180 empresários e representantes de departamentos governamentais e associações empresariais.
A atividade foi organizada conjuntamente pela Delegação de Beijing do Conselho para a Promoção do Comércio Internacional da China e pelo Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM).
Jackson Chang, presidente do IPIM, disse que a Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa é um dos posicionamentos do desenvolvimento de Macau. O instituto organizou uma delegação de mais de 50 representantes empresariais, incluindo vários das nações lusófonas, para participar dessa feira e reforçar a cooperação em serviços com as empresas chinesas.
Liang Lishan, funcionária do IPIM, destacou que Macau tem muitas vantagens na exploração de negócios, tais como porto franco, território aduaneiro autônomo, ambiente aberto ao investimento, entrada e saída livre de capitais, benefícios fiscais nas atividades offshore não-financeiras e sistema tributário simples com carga fiscal reduzida.
"Além da plataforma, a RAEM também contém três centros -- Centro de Serviços Comerciais para as Pequenas e Médias Empresas da China e dos Países de Língua Portuguesa; Centro de Distribuição dos Produtos Alimentares dos Países de Língua Portuguesa; e Centro de Convenções e Exposições para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa", informou ela.
Todas as informações dos centros estão disponíveis no Portal para a Cooperação na Área Econômica, Comercial e de Recursos Humanos entre a China e os Países de Língua Portuguesa, com o objetivo de juntar os esforços na criação de oportunidades de negócios nos mercados da China e das nações lusófonas, acrescentou Liang.
O vice-presidente executivo da Câmara de Comércio Eletrônico Sino-Português, Johnny Ma, disse que o comércio eletrônico transfronteiriço é uma maneira simples de conectar a China e os países de língua portuguesa.
"Os principais negócios são feitos com Brasil e Portugal, pois eles têm mercados mais maduros em comparação com os africanos e do Timor-Leste", relatou.
"Mas estamos explorando métodos de cooperação com os mercados menos maduros no comércio eletrônico transfronteiriço, que possuem abundantes produtos baseados em recursos", afirmou Ma.
Este ano marca o 40º aniversário da reforma e abertura da China e também o 15º aniversário da criação do Fórum para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, o que dará mais força à cooperação entre a China e as nações lusófonas, apontou Jackson Chang, presidente do IPIM.
Macau desempenhará o papel de ponte entre a China e os países de língua portuguesa para promover a cooperação do comércio e do investimento, indicou ele.
