Beijing afirmou na terça-feira que a rejeição de uma proposta relacionada com Taiwan na Assembleia Mundial da Saúde (AMS) provou que o princípio de uma só China é aceite pelo mundo e é uma tendência irreversível.
A proposta de convidar Taiwan para ser espectador da 71ª Assembleia, sugerida como item suplementar da agenda, foi recusada na segunda-feira. A AMS é o órgão decisório da Organização Mundial de Saúde (OMS).
An Fengshan, porta-voz do Gabinete de Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado, elogiou a OMS na terça-feira pela forma como lidou com as questões relacionadas com Taiwan, seguindo o princípio de uma só China, conforme estipulado nas resoluções da Assembleia Geral da ONU e da AMS.
A China congratula essa decisão "clara", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lu Kang, em uma coletiva de impressa.
Lu disse que o governo chinês irá lidar adequadamente com a participação de Taiwan em eventos internacionais, de acordo com o princípio suprarreferido.
A assembleia anual, realizada entre segunda e sábado, em Genebra, deverá apresentar um plano com o objetivo de beneficiar 3 bilhões de pessoas em todo o mundo com melhores cuidados de saúde nos próximos cinco anos.
Quase 4.000 delegados, dos 194 estados membros e organizações parceiras da OMS, estão participando da assembleia.
Chu Shin-min, professor do departamento de diplomacia da Universidade Chengchi, em Taipé, disse na coletiva de imprensa na segunda-feira que a chave para a participação de Taiwan em organizações internacionais é o reconhecimento do Consenso de 1992, que incorpora o princípio de uma só China, o qual tem sido rejeitado pelo Partido Democrático Progressista (PDP).
“A administração do PDP está se equivocando, dado que relações pacíficas e estáveis entre os dois lados do estreito são a base para a participação de Taiwan”, reforçou Chu.
De 2009 a 2016, Taiwan participou da AMS com o estatuto de observador, mas deixou de ser convidada em 2017, quando o PDP chegou ao poder.