WASHINGTON, 9 de maio (Diário do Povo Online) - Caracterizando o acordo nuclear do Irã como "defeituoso ", o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a retirada dos EUA do mesmo.
Trump sublinhou que o governo iraniano é "o principal país patrocinador do terrorismo".
“Teoricamente, o chamado acordo com o Irã deveria proteger os EUA e os seus aliados da insanidade de uma bomba nuclear iraniana", disse Trump, acrescentando que, "na verdade, o acordo permite que o Irã continue a enriquecer e urânio e no futuro seja usado como força nuclear”.
De acordo com Trump, os EUA continuarão a cooperação com os seus aliados na questão nuclear iraniana, aplicando novamente sanções “mais rigorosas” contra o Irã nas áreas de economia, energia, finanças, indústria petroquímica, entre outras.
Qualquer país que ofereça ajuda à Irã no seu desenvolvimento de armas nucleares também será sancionado pelos Estados Unidos, reiterou o presidente.
Em resposta, o presidente iraniano, Hassan Rouhani, disse que o acordo nuclear será mantido em funcionamento.
"A partir deste momento, o acordo nuclear é um acordo entre o Irã e cinco países. Estou feliz que um intruso (os Estados Unidos) tenha saído", disse Rouhani.
Rouhani acrescentou que o Irã consultará os outros signatários do acordo.
"Pedi ao Ministério das Relações Exteriores que negociasse com países europeus, China e Rússia nas próximas semanas", disse Rouhani.
"Se no final desse período concluirmos que podemos beneficiar plenamente do Plano de Ação Conjunto Global (JCPoA na sigla inglesa) com a cooperação de todos os países, o acordo permanecerá inalterado. Mas se os nossos interesses não estiverem protegidos, anunciaremos a decisão da República Islâmica", acrescentou Rouhani.
O presidente norte-americano disse que, se permitisse o acordo, criaria uma corrida armamentista nuclear no Oriente Médio.
Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron, emitiram uma declaração conjunta de arrependimento e preocupação.
"Enfatizamos o nosso compromisso contínuo com o JCPoA. Esse acordo continua a ser importante para a nossa segurança ", disseram os líderes mundiais, apelando a todas as partes que mantenham o seu compromisso com a sua implementação e atuem com espírito de responsabilidade.