A China e o Japão anunciaram o seu apoio a livre comércio, com base nas diretrizes da Organização Mundial de Comércio, face à recente vaga de protecionismo.

Durante um encontro com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, em Tóquio, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou que ambos os países devem reforçar a comunicação e coordenação, combater o protecionismo, proteger o sistema de livre comércio global, com a OMC como eixo, e construir uma economia mundial aberta.

Abe disse que o Japão valoriza as regras da OMC e considera que os problemas comerciais devem ser resolvidos de acordo com tais regras. O Japão, segundo Abe, atribui grande importância às novas medidas que o Presidente Xi Jinping anunciou para expandir a abertura da China, durante a recente conferência anual do Fórum Bo’ao para a Ásia, e acredita que tais medidas promovem os laços econômicos bilaterais.

Ambas as partes expressaram a esperança por uma cooperação no âmbito da Iniciativa do Cinturão e Rota.

A China valoriza os comentários positivos de Abe sobre o Cinturão e Rota, disse Wang, acrescentando que a China espera discutir com o Japão a melhor forma de incluir Tóquio na iniciativa.

Abe afirmou esperar que a iniciativa ajude a economia regional a recuperar e atingir o desenvolvimento.

Abe deu também as boas-vindas ao primeiro-ministro Li Keqiang para participar de um encontro de líderes entre a China, Japão e a República da Coreia no Japão.

Wang anunciou que a China considera positivas as políticas tomadas por Abe, desde o ano passado, para o desenvolvimento dos laços sino-nipônicos, acrescentando que o momento atual deve ser preservado.

Também na segunda-feira, Wang co-liderou o quarto diálogo bilateral econômico de alto nível em Tóquio com o seu homólogo japonês, Taro Kono. O diálogo havia sido suspenso por quase 8 anos.

Durante o diálogo, os ministros responsáveis pelo tesouro, economia e diplomacia atingiram um elevado número de consensos, de acordo com um comunicado à imprensa das Relações Exteriores.

Beijing e Tóquio devem avançar em conjunto com o processo de integração da economia da Ásia Oriental e incentivar as negociações do Acordo de Livre Comércio China-Japão-República da Coreia, bem como o pacto de livre comércio da Parceria Econômica Integral Regional, disse Wang. Em acréscimo, todos devem avançar em conjunto em prol de uma Zona de Livre Comércio na região Ásia Pacífico, afirmou.