Um especialista estrangeiro recebe um certificado na 16ª Conferência Internacional de Intercâmbio de Profissionais em Shenzhen, província de Guangdong, no sábado, 14 de abril.
A China pretende melhorar os serviços para atrair talentos estrangeiros para estudar e trabalhar no país, reiterou o vice-ministro para a Ciência e Tecnologia, Zhang Jianguo, no sábado.
"A China tem vindo a atribuir uma importância sem precedentes à atração de talentos estrangeiros desde 2012", disse Zhang, também diretor da Administração Estatal de Assuntos de Especialistas Estrangeiros.
Tais afirmações foram proferidas durante a cerimônia de abertura da 16ª Conferência Internacional de Intercâmbio de Profissionais em Shenzhen, na província de Guangdong.
Cerca de 960.000 estrangeiros foram empregados na parte continental da China em 2017, 60.000 a mais do que em 2016.
"Teremos medidas mais positivas, abertas e eficazes para atrair talentos estrangeiros", reforçou Zhang.
A administração fundiu-se com o Ministério da Ciência e Tecnologia no mês passado como parte da mais recente reforma do governo da China.
"A fusão irá melhorar os sistemas de recrutamento da China, expandir as plataformas e otimizar os serviços para especialistas estrangeiros, criando assim um ambiente mais conveniente e favorável para que eles se instalem na China", disse Zhang.
Chen Dongmin, reitor da Escola de Inovação e Empreendedorismo da Universidade de Beijing, disse que a China melhorou muito em áreas como energia nuclear, linhas ferroviárias de alta velocidade e comunicação por satélite, graças ao intercâmbio de talentos com outros países.
O desenvolvimento tecnológico da China também beneficiou de um apoio nacional forte e bem planejado, além de grandes investimentos de todos os quadrantes da sociedade, disse Daniel Calto, diretor de serviços da Elsevier Research Intelligence, uma empresa global de análises científicas.
"Embora a China não tenha muitos imigrantes permanentes, a sua crescente colaboração global com outras universidades e institutos criou uma forte rede de talentos", disse ele.
Steven Chapman, vice-presidente do grupo para a China e Rússia na fabricante de motores global Cummins, na China há mais de três décadas, disse: "estamos vivendo em um mundo globalizado, e o desenvolvimento econômico de uma nação depende do comércio exterior e do intercâmbio de talentos".
Chapman, que recebeu o Prêmio de Amizade do Governo da China em 2016 e é detentor de um "cartão verde" (green card), disse que as políticas da China em relação aos estrangeiros melhoraram dramaticamente nas últimas décadas.
"No passado, os expatriados podiam apenas ficar em hotéis selecionados e os vistos expiravam em um mês", relembrou. "Agora é muito mais conveniente para os estrangeiros visitarem, e tem havido um esforço real em estabelecer um ambiente positivo e saudável para atrair talentos estrangeiros".
No entanto, algumas questões representam um desafio e causam problemas para especialistas estrangeiros, disse Chapman - por exemplo, a poluição, falta de familiaridade com as políticas locais e a dificuldade de obter um green card chinês.