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Países latino-americanos prometem combater a corrupção (4)

Fonte: Diário do Povo Online    16.04.2018 11h15
Países latino-americanos prometem combater a corrupção
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LIMA, 16 de abr (Diário do Povo Online) – Os líderes dos países latino-americanos prometeram combater a corrupção que tem prejudicado muitos dos países em desenvolvimento da região, durante a 8ª Cúpula das Américas realizada no sábado, em Lima.

Os chefes de estado e enviados de alto nível dos países membros da Organização dos Estados Americanos (OEA) adotaram o Compromisso de Lima, visando erradicar a corrupção, que contém mais de 50 medidas concretas para promover a transparência e responsabilidade.

"Concluímos um compromisso em Lima, endossado por todos, que compreende 57 pontos que os chefes de estado de todos os países participantes se comprometem a cumprir", disse o presidente do Peru, Martin Vizcarra, em uma coletiva de imprensa.

As medidas incluem o fortalecimento de um judiciário independente para evitar a impunidade, a proteção de jornalistas e denunciantes que investigam e descobrem crimes, a garantia de procedimentos abertos e transparentes de aquisição do setor público, além de maior responsabilidade do setor privado no combate à corrupção.

"Um dos maiores desafios que enfrentamos na região é a relação entre corrupção, democracia e crescimento sustentável. Experiências nos mostram que onde a democracia é fraca, a corrupção aumenta, e onde a desigualdade persiste, a corrupção cria raízes", reiterou o presidente argentino, Mauricio Macri.

O líder argentino também enfatizou a dificuldade da tarefa, acrescentando que "muitas pessoas querem evitar iniciativas para tornar o governo mais transparente, pois têm medo de que isso afete os seus interesses, e muitas ainda apostam na impunidade".

"Governança Democrática Contra a Corrupção" foi o tema central da cúpula deste ano, realizada no Peru, um país agitado pelos recentes escândalos de corrupção, onde foram eleitos três presidentes em menos de dois anos.

O ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski renunciou em março antes de um segundo voto de impeachment, consequência das alegações de que terá lucrado com a concessão de contratos de obras públicas para o gigante brasileiro de construção Odebrecht durante o seu mandato como ministro.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou um diagnóstico igualmente sombrio em 2017, dizendo que a "corrupção sistêmica" na América Latina não estava apenas ligada à alta desigualdade da região, mas também tendia a piorá-la.

Aliviar a corrupção "pode elevar o rendimento per capita por cerca de 3000 dólares na América Latina em prazo médio ", acrescentou a agência. 


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