Beijing, 5 abr (Xinhua) -- A China negou na quarta-feira motivos políticos por trás das contramedidas para a soja importada dos Estados Unidos, cuja administração propôs tarifas sobre bilhões de dólares de produtos chineses.
"Negócio é negócio", disse o vice-ministro das Finanças, Zhu Guangyao, em uma coletiva de imprensa. "Devemos analisar o desafio que enfrentamos e o modo que lidamos com ele de uma perspectiva da economia."
Isso foi a resposta à pergunta se a China pretende atingir a base política do presidente Donald Trump nos estados agrícolas ao colocar a soja no topo da lista de produtos dos EUA a ser sujeitos a tarifas chinesas mais altas.
"Somos forçados a propor a lista de produtos, e há fundamentos para os itens específicos e a ordem deles nela", disse Zhu.
No ano passado, a China recebeu 62% das exportações de soja dos EUA ao comprar 32,85 milhões de toneladas. Isso foi 34,4% do total das importações da China, de acordo com Zhu.
Embora os agricultores dos EUA se beneficiem dos saudáveis laços econômicos bilaterais, o volume de exportação à China foi muito grande, disse ele.
Agricultores chineses já fizeram petições às associações industriais de que os subsídios do governo dos EUA prejudicam os produtores nacionais de soja, e a China tem de respeitar as demandas dos seus agricultores, respondeu Zhu.