Havana, 30 mar (Xinhua) -- O governo cubano expressou, nesta quarta-feira, preocupação com a expulsão de um "grande grupo" de diplomatas russos por dezenas de países ocidentais, dizendo que isso poderá "ameaçar a estabilidade internacional".
Em comunicado, o diretor de comunicação e imprensa do Ministério das Relações Exteriores de Cuba, Alejandro Gonzalez, disse que essas medidas unilaterais tomadas por Washington e outros países membros da OTAN " não combinam com o diálogo, o entendimento e a cooperação que devem prevalecer nas relações internacionais ".
"Cuba acredita que a cooperação deve prevalecer sobre o confronto e rejeita a aplicação de medidas unilaterais que atentam contra a estabilidade internacional", disse Gonzalez.
Ele acrescentou que essas ações foram feitas sem esperar pelo resultado de uma investigação imparcial sobre o ataque do ex-espião russo Sergei Skripal.
O ex-agente russo Sergei Skripal, de 66 anos, e sua filha, Yulia, foram encontrados inconscientes em um banco do lado de fora de um shopping center na cidade de Salisbury, no sudoeste da Inglaterra, em 4 de março.
O Reino Unido alega que eles foram expostos a um agente nervoso e responsabiliza a Rússia, ao mesmo tempo que governo russo nega qualquer envolvimento.
Após o incidente, o Reino Unido expulsou 23 diplomatas russos, com Moscou expulsando um número igual de diplomatas britânicos em resposta.
No início desta semana, os Estados Unidos anunciaram a expulsão de 60 diplomatas russos e agentes da inteligência, bem como o fechamento do consulado em Seattle, no noroeste dos Estados Unidos.
Enquanto isso, Canadá, Austrália e até 16 países da União Européia expulsaram cidadãos e diplomatas russos de seus territórios.