China relembra EUA da necessidade de regras, ao invés de poder no comércio global

Fonte: Diário do Povo Online    27.03.2018 09h34

BEIJING, 27 de mar (Diário do Povo Online) - Uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse na segunda-feira que os EUA devem saber que, no século XXI, o comércio global se rege por regras, ao invés de poder.

Hua Chunying, a porta-voz, proferiu tais declarações durante uma conferência de imprensa de rotina, comentando a alocução do vice-presidente Mike Pence, na qual afirma que as ações tomadas pelos EUA simbolizam “o fim da era de rendição econômica”.

Ao invés de dizer que “a era de rendição econômica chegou ao fim”, seria melhor dizer que “a era de intimidação econômica e hegemonia deveria ser eliminada”, contrapôs Hua.

Hua disse que a China sempre seguiu as regras da OMC e manteve o multilateralismo comercial. Ademais, a China sempre defendeu o espírito de respeito mútuo, igualdade e benefícios recíprocos. As divergências, acrescenta, incluindo a fricção econômica e comercial, devem ser tratadas pela via da consulta.

A porta-voz referiu que ambos EUA e China têm vindo a negociar questões econômicas e comerciais. A China tem a confiança e capacidade para assegurar os seus interesses legítimos, sob qualquer circunstância.

“A China espera que os EUA possam realizar decisões e escolhas racionais e cautelosas”, afirmou.

O Presidente Donald Trump assinou na quinta-feira um memorando que poderá impor tarifas de até 60 bilhões de dólares sobre as importações da China, bem como restringir o investimento chinês nos EUA.

“A China está disponível para discutir com os EUA, com base no princípio do respeito e benefício mútuo”, disse Hua, salientando que a porta para o diálogo e consulta entre os dois lados sempre esteve aberta.

O vice-ministro chinês, Zheng Zeguang, disse na segunda-feira que as relações econômicas e comerciais entre a China e os EUA eram, essencialmente, mutuamente benéficas, trazendo diversos benefícios tangíveis para os dois povos.

“Não queremos partir para uma guerra comercial, mas não temos medo de uma”, asseverou Zheng, destacando que a China estava determinada e preparada para lidar com tal cenário, de modo a assegurar os interesses nacionais. 

(Web editor: Chen Ying, editor)

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