China não admitirá derrota em guerra comercial provocada por Trump

Fonte: Diário do Povo Online    26.03.2018 11h23

BEIJING, 26 de mar (Diário do Povo Online) - A disputa comercial entre a China e os EUA foi um tema quente no Fórum de Desenvolvimento da China em Beijing, onde executivos e acadêmicos, incluindo vários provenientes dos Estados Unidos, alertaram para os riscos de uma guerra comercial.

"A guerra comercial tem que ser evitada a todo custo, tal como uma guerra nuclear", disse Larry Summers, ex-secretário do Tesouro dos EUA.

Contudo, parece que o governo vaidoso dos EUA não deu ouvido aos conselhos. A Casa Branca afirmou na sexta-feira que a ação do país para elevar as tarifas contra a China já começou a obter resultados e "muitos outros países estão negociando acordos de comércio justo connosco".

Mas quando o Ministério do Comércio da China reagir à investigação da Seção 301 com medidas retaliatórias contra dezenas de bilhões de dólares de produtos norte-americanos, os EUA não serão tão presunçosos.

Washington precisa aprender uma lição e essa lição só pode ser ensinada pela China, a segunda maior economia do mundo. Alguns especialistas acham que a China deve tolerar os atritos comerciais e deixar outros países assumirem a liderança. Mas, como uma força motriz do comércio mundial, a China tem que lutar pelos seus próprios interesses.

Beijing e Washington podem escolher negociar. No entanto, não podem basear as ações nessa possibilidade. O país deve estar preparado para o pior cenário possível, uma guerra comercial em larga escala com os EUA.

Existem diferentes pontos de vista sobre os motivos do governo norte-americano para iniciar esta guerra. Alguns consideram que Washington está buscando ganhos econômicos para apoiar a reeleição de Trump. Alguns acreditam que é parte do esquema das elites dos EUA para conter a ascensão da China, e continuará a ser uma tendência.

A China nunca irá recuar. O país poderá participar em uma guerra comercial para renovar o conhecimento dos EUA sobre o poder da China e ensinar-lhes sobre como respeitar a China, ao invés de ser esmagada pelo apetite crescente de Washington.

Em segundo lugar, é ilusório para os EUA tentarem pressionar a China juntos dos seus aliados europeus. A maioria dos países não acredita no atual governo norte-americano e tem bons laços comerciais com a China. Os países buscam beneficiar da China e dos EUA para maximizar os seus interesses, e não querem ser um peão de Washington.

Terceiro, é provável que os EUA joguem as cartadas de Taiwan e do Mar do Sul da China para apoiar a guerra comercial. Mas a capacidade da China para controlar o Estreito de Taiwan e a situação do Mar da China Meridional foi melhorada significativamente e o país é totalmente capaz de frustrar as tentativas dos EUA. A China tem um ainda trunfo para combater a Washington sobre questões internacionais tais como a República Popular Democrática da Coreia.

Em quarto lugar, a China tem grande potencial para desenvolvimento. Uma guerra comercial em larga escala pode prejudicar a economia chinesa, mas irá forçá-la a uma transformação que facilita a liberação do potencial total do país. Portanto, a China não terá medo das provocações dos EUA.

A diferença entre a China e os EUA diminuiu e a liderança global dos EUA caiu para o seu nível mais baixo. Washington está apenas blefando com uma guerra comercial que não deterá a China.  

(Web editor: Chen Ying, editor)

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