Ministério do Comércio da China: Medidas protecionistas dos EUA terão grave impacto no comércio internacional

Fonte: Diário do Povo Online    13.03.2018 10h47

Por Zhao Cheng, Diário do Povo

Perante as recentes declarações de Donald Trump relativamente à imposição de tarifas sobre as importações de aço e alumínio, Wang Hejun, funcionário do Ministério do Comércio da China, prestou algumas declarações no dia 9 de março. Wang começou por dizer que as medidas tomadas pelos EUA visam a segurança nacional. No entanto, a maioria dos produtos importados pelos EUA produzidos a partir de tais materiais, destinam-se sobretudo a produtos civis, não constituindo uma ameaça para a segurança nacional do país.

O uso despropositado da “exceção da segurança nacional” por parte dos EUA, representa um ataque propositado à Organização Mundial do Comércio e terá, com certeza, um forte impacto na normalidade da ordem comercial internacional, sendo que a China se opõe firmemente perante tal cenário.

Fábrica de alumínio na província de Anhui. Foto: Diário do Povo

Wang Hejun menciou que as autoridades chinesas, entretanto, já se fizeram representar junto das homólogas americanas por via de diferentes canais. A China irá tomar medidas efetivas visando assegurar os seus direitos e interesses legítimos na base da averiguação dos danos causados pelas medidas adotadas pelos EUA.

Wang insistiu que, ao avançar neste sentido, os EUA não somente põem em causa os interesses dos outros países como também se auto comprometem. Os membros do Congresso norte-americano, organizações industriais, e empresas têm demonstrado a sua forte oposição a esta decisão.

A China urge os EUA a respeitarem a autoridade do sistema de comércio multilateral e a procederem ao levantamento das sanções tão rápido quanto possível.

Usina de uso eficiente de carvão, na província de Jiangxi. Foto: Diário do Povo

A 8 de março, Trump anunciou na Casa Branca que os EUA iriam impor uma tarifa de 25% a produtos de aço importados e outra de 10% sobre as importações de produtos de alumínio. As medidas tinham uma previsão de entrada em vigor de 15 dias. Este anúncio enfrentou contestação não só a nível nacional como também na comunidade internacional. A UE, Brasil, Coreia do Sul, Japão, França, Reino Unido e Austrália, todos indicaram que iriam adotar medidas de retaliação. O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, anunciou que a UE iria responder com firmeza para assegurar os interesses do bloco europeu.

Unidade metalúrgica de produção inteligente da Qingdao Steel Co.,Ltd. Foto: Diário do Povo 

(Web editor: Chen Ying, editor)

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