A China deverá manter, segundo um relatório divulgado conjuntamente pela Universidade de Xiamen e pelo jornal Economic Information Daily, uma taxa de crescimento constante acima dos 6,5% em 2018 e 2019, com a desalavancagem econômica e prevenção de riscos financeiros como principais prioridades do governo.
O relatório, publicado na terça-feira, prevê que a China atinja uma taxa de crescimento de 6,73% este ano e um crescimento ligeiramente mais lento, de 6,6%, em 2019.
As previsões apontam para que a China testemunhe também um crescimento moderado da inflação, com o índice de preços ao consumidor, um dos seus principais indicadores, a atingir os 2,13%.
Os formuladores de políticas deverão ser capazes de manter os preços dentro de um alcance razoável, não devendo surgir riscos consideráveis para a inflação do país, segundo o relatório.
"A economia da China será transformada, envolvendo políticas de inovação e apoio sobre como a transformação estrutural pode ser promovida em mais locais, e como novas tecnologias, indústrias e formatos podem ser continuamente conduzidos e alterados em vários setores", disse Zhang Yansheng, secretário-geral do comitê acadêmico da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma.
O crescimento econômico da China superou as previsões de 6,9% em termos anuais em 2017, assinalando a primeira aceleração desde 2010, apesar das restrições regulatórias financeiras e das medidas contra a poluição que afetam o crescimento.
Graças à recuperação econômica global e à recuperação da procura de bens em 2017, o relatório previu que o volume de exportações da China cresceria 9,65% em 2018, cerca de 1,75% acima do ano anterior.
O relatório também exorta o governo a prestar mais atenção ao consumo, passível de resultar em investimento, além de impulsionar uma produção industrial sustentável.
"O consumo impulsiona o crescimento econômico, levando ao investimento. O crescimento econômico só pode ser estimulado se o consumo puder ser expandido para impulsionar a produção industrial", disse Wang Tongsan, economista da Academia Chinesa de Ciências Sociais.
Li Jianfa, professor e vice-presidente da Universidade de Xiamen, disse que, apesar do crescimento constante da economia chinesa e dos benefícios do aumento da demanda de produtos estrangeiros em 2017, o país ainda precisa de resolver problemas como a queda da taxa de crescimento de ativos fixos, a estrutura de investimento desequilibrada e a decrescente eficiência do investimento.