Oficial chinês visita EUA com alívio de tensões em agenda

Fonte: Diário do Povo Online    27.02.2018 15h37

Os analistas referem que Liu irá fazer uso dos seus conhecimentos em economia e comércio para conter a instabilidade e garantir o retorno da solidez aos laços bilaterais.

A visita de Liu He, membro do Bureau Político do Comité Central do PCCh e diretor do Gabinete Geral do Grupo de Liderança Central para os Assuntos Financeiros e Econômicos da China, irá visitar os EUA no sábado, segundo informações avançadas pela chancelaria chinesa.

A visita deverá consistir no intercâmbio de perspetivas sobre os laços sino-americanos e sobre a cooperação econômica e comercial entre os dois países, segundo declarações de Lu Kang, porta-voz da chancelaria chinesa, na segunda-feira.

As antevisões apontam para que Liu, que anteriormente fez uso da sua autoridade no âmbito da investigação de políticas econômicas, no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, se concentre neste domínio durante a visita aos EUA.

A deslocação de Liu surge duas semanas após Yang Jiechi, conselheiro de Estado, ter visitado Washington, numa visita que se revelou bem-sucedida ao nível do intercâmbio de alto nível entre as duas nações, segundo os especialistas.

As medidas tomadas pelos EUA contra várias commodities chinesas deverão ser um dos assuntos de maior relevo na agenda de Liu.

Jin Canrong, professor de relações internacionais na Universidade Renmin da China, advertiu que as eleições legislativas de novembro nos EUA poderão estar na origem de mais incidentes nocivos para as relações comerciais China-EUA.

Wu Xinbo, diretor do Centro de Estudos Americanos na Universidade Fudan, em Shanghai, disse que a visita de Liu revela o plano de Beijing para incrementar os contactos com Washington, num esforço para reduzir as tensões.

“As conversações entre Liu, intervenientes e conselheiros econômicos focar-se-ão em desencorajar a administração de Trump de criar desavenças comerciais. Beijing e Washington encontraram uma forma de aumentar a confiança mútua, nomeadamente ao permitirem que oficiais governamentais se encontrem mais frequentemente”, disse Wu.

As trocas comerciais entre as duas maiores economias do mundo excederam os 580 bilhões de dólares no ano passado.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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