China: Chancelaria levanta objeções a sanções à RPDC

Fonte: Diário do Povo Online    26.02.2018 10h14

Beijing demonstrou a sua oposição ao uso de leis domésticas de Washington para impor uma jurisdição de longo alcance e sanções unilaterais sobre entidades e indivíduos chineses, após anunciar novas sanções contra Pyongyang.

Os Estados Unidos informaram, na sexta-feira, que estavam impondo seu maior conjunto de sanções à República Popular Democrática da Coreia.

De acordo com o Departamento do Tesouro dos EUA, as novas sanções visam um indivíduo, 27 entidades e 28 navios localizados, registrados ou sinalizados na RPDC, afiliadas ao continente chinês, Singapura, Taiwan, Hong Kong, Ilhas Marshall, Tanzânia, Panamá e Comores.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang, disse no sábado que a China havia exortado os EUA a cessarem imediatamente as suas “equivocadas ações”, por forma a evitar prejudicar a cooperação bilateral.

A China sempre implementou de forma abrangente e estrita as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, tendo cumprido com suas obrigações internacionais, reforçou Geng.

O país nunca permitiu que cidadãos ou empresas chinesas se envolvessem de alguma forma em atividades que violem as resoluções da ONU, reiterou.

Se for provada a existência de violações das resoluções da ONU ou da lei do país, “a China irá proceder ao tratamento de tais infrações de acordo os procedimentos legais concernentes”, asseverou o porta-voz.

A ação tomada pelos EUA coincide com o recente momento positivo verificado na península coreana, já que Pyongyang e Seul iniciaram uma aparente aproximação durante os Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang.

A administração de Trump se comprometeu com a aplicação de "máxima pressão " contra a RPDC desde a tomada de posse do atual presidente estadunidense, no início de 2017, visando travar os programas de desenvolvimento nuclear e de mísseis de Pyongyang.

O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, afirmou que o país já impôs mais de 450 sanções contra a RPDC, das quais metade foram aplicadas em 2017.

Ruan Zongze, vice-presidente do Instituto de Estudos Internacionais da China, disse que exercer pressão máxima sobre a RPDC mostra que os EUA não confiam no do melhoramento das relações na Península Coreana.

“A ‘pressão máxima’ não é uma boa prática, pois é contrária à melhoria das relações entre as duas Coreias verificada nos Jogos Olímpicos de Inverno”, disse Ruan.

"Os EUA deveriam esforçar-se por criar mais oportunidades de diálogo", acrescentou.

(Web editor: Renato Lu, editor)

0 comentários

  • Usuário:
  • Comentar:

Wechat

Conta oficial de Wechat da versão em português do Diário do Povo Online

Mais lidos