Guiyang, 8 fev (Xinhua) -- A Província de Guizhou, no sudoeste da China, onde se localiza o maior Rádiotelescópio Esférico de Abertura de Quinhentos Metros (FAST, na sigla em inglês) de antena única, se candidatará para construir um centro asiático para o Square Kilometer Array (SKA, na sigla em inglês) neste ano.

O SKA é um conjunto de telescópios e instrumentos distribuídos em uma vasta área, trabalhando em conjunto um com o outro. Trata-se de um esforço de 20 países, incluindo a China, para construir o maior telescópio deste tipo no mundo.

A Austrália e a África do Sul já começaram a trabalhar em suas instalações relacionadas.

A construção do SKA deve começar neste ano com as observações disponíveis em 2020.

O SKA poderá detectar ondas de rádio do espaço profundo com uma sensibilidade aproximadamente 50 vezes maior que a do telescópio espacial Hubble. Os rádiotelescópios individuais serão conectados para criar uma área de coleta total de aproximadamente um milhão de metros quadrados.

O departamento de ciência e tecnologia de Guizhou, junto com a Nova Área de Gui'an, planeja construir um centro asiático do SKA na província, aproveitando a preeminência do FAST nesta área.

Guizhou, uma das regiões menos desenvolvidas da China, tornou-se líder em big data por condições adequadas do clima, energia e infraestrutura de redes. A Apple e a Huawei já estabeleceram centros de big data na província.

"O SKA gerará dados pelo menos mil vezes maior que o FAST", disse Zhi Qijun, diretor da escola de física e ciência eletrônica da Universidade Normal de Guizhou. "O SKA será um desafio tanto para o software como para o hardware dos centros de big data, pois tem requisitos muito maiores em relação à transmissão, armazenamento e processamento".

Sediar o centro asiático do SKA pode levar Guizhou a frente da indústria de big data, acrescentou ele.