Beijing, 1º jan (Xinhua) -- Um porta-voz da parte continental da China disse na quarta-feira que qualquer tentativa de separar Taiwan da China não será tolerada.
Ma Xiaoguang, porta-voz do Departamento dos Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado, fez as declarações em resposta a uma pergunta sobre os recentes comentários da líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, em uma entrevista.
Tsai assinalou que ninguém pode excluir a possibilidade de que a parte continental da China recorra às armas contra Taiwan.
"Desde a tomada de posse de Tsai em maio de 2016, o Partido Progressista Democrático (PPD) recusou aderir ao Consenso de 1992 e prejudicou de maneira unilateral a base política do desenvolvimento pacífico das relações através do Estreito", indicou Ma.
"O PPD obstruiu a comunicação e a cooperação através do Estreito, bloqueando e perseguindo as organizações e pessoas que apoiam o desenvolvimento das relações através do Estreito e a reunificação pacífica", acrescentou Ma.
"Taiwan deve ser completamente responsabilizado pela grave situação nas relações através do Estreito", disse.
"Diante os maiores riscos e desafios nas relações através do Estreito, estamos plenamente confiantes em nossa capacidade de promover o desenvolvimento de nossas relações mediante o apoio à reunificação pacífica e o princípio de 'um país, dois sistemas'", acrescentou Ma.
O porta-voz também enfatizou que o desenvolvimento pacífico das relações através do Estreito mudou de forma dramática e os interesses dos compatriotas taiwaneses foram danificados desde que o PPD chegou ao poder em 2016.
"A administração do PPD discriminou os esposos de taiwaneses que foram da parte continental, e infringiu seus direitos e interesses, o que é desumano", disse.
Tsai usou o termo "valor de Taiwan" na entrevista, mas Ma assinalou que uma cultura de Taiwan separada da cultura chinesa trará um desastre para a ilha, e separará os interesses dos taiwaneses dos interesses da nação chinesa.
Ma pediu que Taiwan mantenha o princípio de Uma Só China e consultas com a parte continental antes de participar das atividades organizadas pelas organizações internacionais.
Taiwan participou da Assembleia Mundial da Saúde em oito anos consecutivos de 2009 a 2016, quando ambos os dois lados reconheciam o Consenso de 1992 e se opunham à "independência de Taiwan".