A primeira-ministra britânica Theresa May iniciou nesta quarta-feira a sua visita oficial à China, com vista a reforçar as relações com o país asiático.
May fez-se acompanhar por uma comitiva composta por 51 empresas e instituições.
De acordo com a Bloomberg, May afirmara, antes de iniciar a viagem, que pretende reforçar a “era de ouro” das relações sino-britânicas. “O atual estado das nossas relações permite que sejam abordados quaisquer assuntos”.
May enfrenta três desafios na China: o reforço das relações diplomáticas, a persuasão a Beijing para abrir o mercado às empresas britânicas e a dissolução de dúvidas sobre a instabilidade e a falta de atração de investimento, devido ao Brexit, de acordo com a Reuters.
“É um momento importante para o Reino Unido”, disse Matthew Rous, chefe-executivo do Conselho dos Negócios China-Britânia (CBBC, na sigla inglesa).
Após iniciar o processo do Brexit em 2016, o Reino Unido passou a objetivar moldurar-se como um país promotor do comércio global.
Em comparação com o seu antecessor David Cameron, May demonstrou “menos entusiasmo” face à China, o que se refletiu sobretudo na suspensão do projeto da usina nuclear de Hinkley Point.
Embora May tenha reiterado “o relacionamento dourado” do seu país com a China, os concorrentes europeus, nomeadamente a França e a Alemanha, obtiveram um maior avanço no desenvolvimento das relações com as autoridades chinesas.
A BBC indica que, desde 2010, o valor do comércio entre os dois países registrou um aumento de 60%, prevendo que os ministros britânicos iriam salientar em Beijing que o Reino Unido continua sendo “o melhor lugar para fazer negócios” após o Brexit.
As 51 empresas e instituições acompanhantes são oriundas dos setores de serviços financeiros, serviços médicos e ciências da vida, alimentação e bebidas, manufatura de ponta, tecnologia, energia, educação e infraestrutura, 59% das quais são empresas médias e pequenas.
Entretanto, o apoio britânico à iniciativa do “Cinturão e Rota” foi reiterado pelas autoridades britânicas.
O embaixador britânica na China, Martyn Roper, afirmou na última segunda-feira que o compromisso britânico sobre a “era do ouro” das relações bilaterais irá continuar sólido e firme. O Reino Unido atribui, nas suas palavras, um grande potencial à inciativa do Cinturão e Rota, e pretende ser o parceiro natural da China na construção deste projeto.
