Beijing, 11 jan (Xinhua) -- As agências de inspeção disciplinar do Partido Comunista da China (PCCh) de diversos níveis vêm introduzindo mais medidas efetivas para regular e supervisionar seus funcionários.

Um total de 22 funcionários da Comissão Central de Inspeção Disciplinar (CCID), o mais alto órgão anticorrupção do PCCh, foi investigado e cerca de 230 funcionários receberam alertas escritos ou orais desde o 18º Congresso Nacional do PCCh no fim de 2012, disse a fonte da CCID.

Durante o mesmo período, mais de 10 mil funcionários de agências de inspeção disciplinar de vários níveis foram punidos. Entre eles foram funcionários em serviço e aposentados.

"Queremos enviar uma mensagem clara de que as agências de inspeção disciplinar não afrouxarão o escrutínio sobre si próprias", disse a fonte.

As agências também deram grande atenção à educação e formação dos seus funcionários. Cerca de 178 mil funcionários participaram de mais de mil cursos nos últimos cinco anos.

Junto com a Televisão Central da China, a CCID produziu um documentário de TV de três episódios, caracterizado por entrevistas com ex-funcionários de agências de inspeção disciplinar condenados por corrupção.

O documentário, transmitido em janeiro do ano passado, serviu como um alerta robusto para todos os funcionários de inspeção.

Para aperfeiçoar o trabalho anticorrupção, a CCID publicou um protocolo regulando o procedimento de como inspetores disciplinares iniciam e executam investigações e o colocou na execução experimental em janeiro do ano passado.

O protocolo teve como objetivo tapar as brechas nos procedimentos de inspeção e minimizar a possibilidade de intervenção externa e corrupção.

"O protocolo responde bem à questão de quem vai supervisionar os inspetores disciplinares", disse o professor Xie Chuntao, da Escola do Partido do Comitê Central do PCCh, acrescentando que as medidas de controle interno foram desenhadas cautelosamente e tiraram lições com funcionários corruptos.