Beijing, 25 dez (Xinhua) -- A China precisa manter um crescimento econômico anual de 6,3% entre 2018 e 2020 para cumprir com a meta de dobrar o produto interno bruto (PIB) de 2010, disse Yang Weimin, vice-chefe do Escritório do Grupo Dirigente Central para os Assuntos Financeiros e Econômicos, em um fórum econômico no sábado.
"Tendo em conta os resultados econômicos atuais, não haverá grandes impedimentos para atingir esta meta", assegurou Yang.
Cinco anos atrás, a China decidiu dobrar tanto o PIB como a renda per capita em 2010 para 2020, um elemento importante para tornar-se em uma sociedade economicamente ajustada em todos os aspectos.
O PIB aumentou 6,9% anualmente nos primeiros três trimestres de 2017, acima da meta governamental de cerca de de 6,5% para o ano inteiro.
Em um relatório apresentado no 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China, não se mencionou de novo o objetivo de dobrar o PIB, o que mostra o maior interesse do país na qualidade do desenvolvimento em vez de rápida expansão.
"O desenvolvimento de alta qualidade é o requisito fundamental para determinar o caminho do desenvolvimento, elaborar as políticas econômicas e realizar o regulamento macroeconômico", disse um comunicado publicado na quarta-feira após a Conferência Central de Trabalho Econômico.
"O tema do desenvolvimento econômico passará a ser o desenvolvimento de alta qualidade, em vez de crescimento rápido", afirmou Yang.
A taxa de crescimento potencial mudou devido ao consumo atualizado, o risco financeiro e as limitações ambientais, acrescentou.
"Se a China ignorar estas realidades e continuar obcecada pelas taxas de crescimento rápido, os riscos concomitantes superarão o aumento do PIB", advertiu.
A China deve construir e melhorar mecanismos para impulsionar o desenvolvimento de alta qualidade, incluindo os indicadores, as políticas, os padrões e os sistemas estatísticos e de avaliação do desempenho, apontou o comunicado de quarta-feira.
A materialização de um desenvolvimento de alta qualidade é uma necessidade para manter um desenvolvimento econômico saudável e adaptar-se à nova contradição principal do país, que hoje é "a contradição entre o desenvolvimento desequilibrado e inadequado e as necessidades sempre crescentes do povo por uma vida melhor".
