Beijing, 18 dez (Xinhua) -- O mais alto órgão de supervisão disciplinar do Partido Comunista da China (PCCh) anunciou na sexta-feira que lançará uma campanha contra corrupção e má conduta nos projetos de alívio da pobreza entre 2018 e 2020.
"A campanha tem como objetivo supervisionar os funcionários do Partido e do governo, para que eles possam cumprir bem seu dever nos projetos ambiciosos de alívio da pobreza do país", disse a Comissão Central de Inspeção Disciplinar (CCID) do PCCh em um comunicado de imprensa. "O desvio e abuso dos fundos de alívio da pobreza, o suborno e o nepotismo serão as prioridades."
Os funcionários locais do Partido e do governo também serão sob escrutínio para observar se eles são perfunctórios ao implementar os projetos, assim como funcionários de agências centrais, incluindo os próprios inspetores disciplinares, de acordo com o comunicado.
A campanha também pretenderá conter a burocracia, o formalismo, a fraude e o juízo errado.
Na quinta-feira, a CCID divulgou os nomes de 27 funcionários anteriores e incumbentes que foram envolvidos em oito casos de corrupção, incluindo o desvio de fundos de subsídios de subsistência, a obtenção fraudulenta de fundos de subsídios de subsistência ou fundos para renovação de casas não seguras e o bloqueio de acesso de aldeãos à assistência social.
A China quer tirar todas as pessoas para acima da linha da pobreza - renda anual per capita de 2,3 mil yuans (US$ 348) - nas áreas rurais até 2020.
Também na sexta-feira, a CCID abriu uma nova seção em seu site para que o público denuncie os funcionários que violam as regras de frugalidade durante os próximos feriados do Novo Ano e Festa da Primavera.
Os cidadãos podem usar o aplicativo da CCID e a conta do WeChat para denunciar os funcionários que gastam fundos públicos em jantares de luxo e visitas turísticas, frequentam clubes privados ou organizam reuniões indecentes.