A China está confiante em atingir o seu plano ambicioso de redução da poluição atmosférica, com base nos dados dos primeiros 11 meses do ano, segundo declarações do ministro da proteção ambiental, no domingo, tendo creditado os esforços científicos levados a cabo nos últimos anos.

Os 5 maiores objetivos assumidos pelo Plano de Ação Contra a Poluição Atmosférica em 2013 deverão ser atingidos no final de 2017, com um melhoramento profundo na qualidade do ar na China, segundo Li Ganjie, ministro da Proteção Ambiental, durante um encontro anual do Conselho da China para a Cooperação Internacional para o Ambiente e Desenvolvimento, no domingo, na capital chinesa.

O conselho trata-se de uma instituição de consulta internacional de alto nível, congregando especialistas estrangeiros para promover o desenvolvimento sustentável da China.

Nos primeiros 11 meses, Beijing testemunhou uma redução da concentração de PM2.5 por metro cúbico de 58 microgramas, o que representa uma redução de 35.6% face ao mesmo período em 2013, de acordo com o Birô Ambiental de Beijing.

Beijing tem registrado vários dias azuis em dezembro, com a qualidade atmosférica permanecendo em um bom nível, “e com base nos dados, podemos vir a assistir a uma redução do nível médio de PM2.5 em Beijing a cair para cerca de 60, ou talvez 61 ou 62”, disse o ministro, salientando que é um valor mais satisfatório que o apontado pelas previsões.

Ele acrescentou que a meta de redução para Beijing – decréscimo das PM2.5 para 60 – foi considerado o mais difícil, comparado com outras metas, sendo que chegou a se tratar de um motivo de preocupação.

Beijing deverá atingir o seu objetivo, e, como tal, o país tem confiança que alcançará os 5 maiores objetivos estipulados, disse Li.

Os restantes quatro objetivos serão facilmente atingíveis se a qualidade do ar se mantiver nos últimos dias do ano.

Nos primeiros 11 meses, a concentração média de PM10 em 388 cidades no país foi de 20,4%, menos do que o período homólogo em 2013. O objetivo no plano de ação era de 10% a menos, disse Li.

Além disso, a média da concentração de PM2.5 nos primeiros 11 meses nas três maiores zonas industriais do país — Beijing-Tianjin-Hebei, Rio Yangtzé e foz do Rio das Pérolas — tem sido pelo menos 25.6%, excedendo facilmente o objetivo de pelo menos 15%, referiu o ministro.

O enorme melhoramento na qualidade do ar foi atingido com base em múltiplas medidas, incluindo a sua aplicação veemente, esforços científicos, redução de emissões industriais, emissões dos automóveis, consumo de carvão, entre outros.

“As práticas efetivas adotadas nos últimos 5 anos continuarão a orientar os esforços de controlo da poluição no futuro”, acrescentou Li.

Os esforços bem-sucedidos de proteção ambiental da China, particularmente no controlo da poluição ambiental, receberam elogios por parte de especialistas internacionais: de governos a organizações internacionais que participaram no encontro anual.

Diane Regas, diretor executivo do Fundo de Defesa do Ambiente, uma organização sem fins lucrativos dos EUA, afirmou estar satisfeito por ver a China honrar o seu compromisso e disse estar confiante sobre mais progressos no setor.