Trump reconhece Jerusalém como capital de Israel

Fonte: Diário do Povo Online    07.12.2017 09h29

O presidente norte-americano Donald Trump anunciou na quarta-feira (6) que os EUA passaram a reconhecer Jerusalém como capital de Israel, determinando o início dos preparativos para a transferência da embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém.

Em um discurso televisivo, Trump disse que a decisão “não é nada mais nada menos do que o reconhecimento da realidade” e corresponde aos interesses americanos.

Desde a independência de Israel em 1948, nenhum presidente americano reconheceu Jerusalém como a capital de Israel.

No pronunciamento acima referido, Trump prometeu que os EUA continuariam a promover o processo da paz entre a Palestina e Israel, reiterando o apoio à solução de dois Estados, reconhecida tanto por Israel como pela Palestina.

Ele falou ainda que o vice-presidente Mike Pence irá visitar o Oriente Médio nos próximos dias para reafirmarem a decisão americana de combater os extremistas na região.

A Casa Branca revelou que a construção e a transferência da nova embaixada demorará vários anos devido à questão do pessoal e segurança.

Na terça-feira, Trump telefonou aos líderes da Palestina, Jordânia, Arábia Saudita e Egito para informar a determinação americana de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, recebendo alertas de diversos países, que consideram que a ação possa causar “resultados perigosos” e sabotar o processo da paz entre a Palestina e Israel.

O pronunciamento de Trump na quarta-feira provocou a preocupação e as críticas na comunidade internacional.

A China disse ontem que o status quo de Jerusalém é sensível e complicado, urgindo que todas as partes envolvidas sejam cautelosas e não interferirem com a paz e tranquilidade no Oriente Médio.

“Prestamos grande atenção ao desenvolvimento da situação e preocupamo-nos com a possível intensificação dos conflitos regionais”, disse o porta-voz da chancelaria chinesa, Geng Shuang.

A China apoia firmemente o processo de paz no Oriente Médio e a causa justa do povo palestino para recuperar os seus direitos e interesses legítimos, frisou. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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