O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aborda a 72ª Assembleia Geral das Nações Unidas na sede da ONU, visando a RPDC e o Irã em seu 1º discurso na sede da ONU, em Nova Iorque, a 19 de setembro de 2017.

Após as declarações de Donald Trump na última quarta-feira, onde anunciou que a China concordou que a República Popular Democrática da Coreia (RPDC) não pode simplesmente congelar o programa de armas nucleares em troca de benefícios, a China esclareceu, na quinta-feira, que esta não foi uma mudança na sua posição de que a "dupla suspensão" é o melhor "primeiro passo" para lidar com esta crise.

Atendendo às conversações entre Trump e Xi Jinping, realizadas durante a visita do primeiro a Beijing, Trump está ciente de que a China defende que a suspensão de atividades relacionadas com a energia nuclear por parte da RPDC, juntamente com a cessação dos exercícios militares com a República da Coreia por parte dos EUA é a melhor forma de estabelecer um ambiente propício para os dois antagonistas - e as partes envolvidas da região – retomarem as conversações.

Com Song Tao, chefe do Departamento Internacional do Comitê Central do PCCh, de visita à RPDC como enviado especial de Xi, têm surgido várias conjeturas sobre o conteúdo do último contato de alto nível entre os dois países.

Essa especulação não é surpreendente, uma vez que se acredita que Beijing poderá persuadir Pyongyang, e que a viagem de Song sucedeu à visita de Trump.

Os intercâmbios entre o PCCh e o Partido dos Trabalhadores da RPDC sempre desempenharam um papel importante nas relações entre os dois países. Song não só irá informar a RPDC sobre os resultados do 19º Congresso Nacional do PCCh, como atuará no âmbito da diplomacia de partido-para-partido vigente entre os dois países.

Este é um sinal positivo de que Pequim e Pyongyang estão mantendo a comunicação em um alto nível, uma vez que é fundamental para o desenvolvimento dos laços de boa vizinhança e para as discussões transparentes necessárias sobre o que está se tornando uma grave crise.

Xi conheceu o Presidente da República da Coreia, Moon Jae-in, à margem do Encontro de Líderes Econômicos da APEC em Da Nang, no Vietnã, onde os dois líderes se comprometeram a resolver o problema nuclear através de meios pacíficos e a levar a cabo esforços conjuntos para salvaguardar a paz e a estabilidade na Península Coreana.

Além disso, com a RPDC menos ativa, especialmente depois da imposição das recentes e mais sérias sanções do Conselho de Segurança da ONU, torna-se necessário que todas as partes demonstrem sabedoria e paciência.

A abstenção do uso de retórica belicista e de ações provocadoras assegurará o controlo das tensões, prevenindo o surgimento de novas ameaças.