A China Petroleum and Chemical Corp, o Banco da China e a CIC Capital Corp concordaram em participar na construção de um projeto de canalização de gás natural liquidificado no Alasca.
As três companhias estatais assinaram um acordo de desenvolvimento conjunto com a Alaska Gasoline Development Corp e com o estado do Alasca, na quinta-feira, para construir uma rede de canalizações, incluindo um cano de longa distância a conectar uma usina de tratamento no norte do Alasca, com uma usina de liquidificação na baía Nikiski, no centro sul do Estado.
O sistema, com uma capacidade de 20 milhões de toneladas métricas de produção anual, irá incluir outras infraestruturas de interconectividade.
A Sinopec anunciou que irá participar em discussões comerciais no projeto mais tarde, contribuindo para a cooperação energética China-EUA.
O acordo foi confirmado na quinta-feira, em Beijing, durante a visita do Presidente Donald Trump à China.
Xiao Lian, director do Centro para os Estudos Econômicos dos EUA, da Academia Chinesa de Ciências Sociais, disse que a cooperação energética sino-estadunidense será um caso de benefício mútuo para as duas maiores economias do mundo.
“Irá criar empregos para os EUA enquanto simultaneamente assegura um abastecimento de petróleo e gás de longo termo para a China. Ao mesmo tempo desempenhará um papel significativo na estabilidade global do petróleo e do gás”, disse.
“Com mais intervenientes no mercado global de petróleo e do gás, o setor não será mais monopolizado por poucos, o que significa um contributo para a estabilização dos preços e para a segurança energética”.
Enquanto a China é o maior importador de petróleo e gás, os EUA deverão se tornar um dos principais exportadores destes recursos, com a sua exploração de xisto betuminoso e de gás de xisto, disse.
Os EUA cooperam já com a Coreia do Sul e o Japão, e existem previsões de que esta cooperação seja em breve alargada para a China, o maior mercado potencial para gás natural.
A Platts Analytics prevê que a China venha a superar a Coreia do Sul para se tornar no segundo maior importador de gás natural liquidificado no próximo ano. Enquanto a demanda da Coreia do Sul deverá permanecer abaixo dos 40 milhões de toneladas em 2018, as previsões indicam que as importações chinesas continuarão a ascender de forma rompante, atingindo as cerca de 50 toneladas em 2018.