Beijing, 10 nov (Xinhua) -- A rápida queda no custo da energia renovável, como a energia solar e eólica, abriu uma nova faixa de possibilidades para reduzir as emissões de carbono industrial, disse um relatório sobre energia renovável divulgado quinta-feira.
Reduzir as emissões de gás produtor do efeito estufa do setor industrial a longo prazo é um dos maiores desafios para a transição energética, disse o relatório produzido pelo Serviço de Informação Econômica da China (CEIS), afiliado da Agência de Notícias Xinhua, e pela Agência Energética Internacional (IEA).
Cimento, ferro, aço e substâncias químicas serão responsáveis pela maioria das emissões industriais em 2050, disse o analista da IEA, Cedric Philibert, escritor do relatório.
Para aumentar o uso da energia renovável no setor industrial, o relatório apontou que a queda recente nos custos da energia eólica e fotovoltaica pode criar novas opções para a sustentabilidade da indústria, seja diretamente de eletricidade, seja pela produção de substâncias químicas e combustíveis ricos em hidrogênio.
Enquanto a eletrificação pode melhorar a integração da energia renovável na rede elétrica, substâncias químicas ricas em hidrogênio, que são fáceis de serem armazenadas e transportadas, podem servir como matéria-prima, agentes de processamento e combustível, segundo o relatório.
Essas substâncias químicas podem ser produzidas nas áreas com recursos abundantes e transportadas para os centros de consumo, abrindo perspectivas para um novo tipo de comércio internacional de energia, acrescentou.
O relatório também examinou as opções de tecnologias emergentes, assim como políticas nacionais e internacionais que incentivam o desenvolvimento da energia renovável.
A China é uma importante fonte de emissões industriais, mas um apoiador leal da energia renovável.
Segundo o plano 2016-2020 do governo, a energia renovável poderá fornecer 1,9 trilhão de quilowatts-horas de eletricidade, respondendo por 27% da geração elétrica total até o final de 2020.