Especialista: China pode se tornar primeiro país a construir uma estação de energia solar no espaço

Fonte: Diário do Povo Online    03.11.2017 15h44

BEIJING, 3 de nov (Diário do Povo Online) – A China poderá vir a ser o primeiro país do mundo a construir uma estação de energia solar operacional no espaço, garantido o investimento contínuo em pesquisa e desenvolvimento que tem vindo a ser levado a cabo. Assim defende Li Ming, pesquisador da Academia de Tecnologia Espacial da China (CAST, na sigla inglesa).

“A China é agora um dos países mais avançados na pesquisa de energia solar espacial. Os avanços devem-se a décadas de esforços, que reduziram significativamente as lacunas face a outras nações líderes na área”, disse Li Ming ao Diário de Ciência e Tecnologia na quarta-feira.

Em comparação com os combustíveis fósseis, que estão na base da poluição ambiental severa e se aproximam da extinção, a energia solar espacial é mais eficiente, limpa e sustentável, explicou.

Segundo o especialista, o estabelecimento de uma estação de energia espacial poderá gerar uma quantidade maciça de energia e transmiti-la para a Terra. A instalação da infraestrutura no espaço é também superior às instalações terrestres de energia solar ou eólica, que são afetadas por fatores naturais.

Os EUA, Japão e Rússia fizeram grande investimento nesta área, e os departamentos espaciais da Índia, Coreia do Sul e Europa estão também realizando pesquisas nesse sentido, disse Li.

A China está envolvida na pesquisa de energia solar espacial desde 2008, tendo, até à data, conquistado uma série de avanços importantes na transmissão de energia sem fios.

De acordo com Wang Li, pesquisador da CAST, os especialistas chineses e estrangeiros estão confiantes no papel de liderança da China no setor.

Além da tecnologia, a construção da estação espacial de energia necessita também de um grande investimento, um mercado amplo e o apoio do governo, fatores que outros países consideram que a China possui, disse Wang.

A energia solar espacial aliviaria a pressão ambiental e energética sobre a China, e estimularia também a inovação e as indústrias emergentes do país, acrescentou Wang.

(Web editor: Chen Ying, editor)

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