China almeja se tornar centro mundial de inovação na inteligência artificial em 2030

Fonte: Diário do Povo Online    26.10.2017 11h43

O Baidu, grupo detentor do maior motor de busca na China, assinou na semana passada um acordo de cooperação estratégica com uma fabricante de ônibus do país, planejando produzir e operar minivans não tripulados para uso comercial em 2018, de modo a deter a iniciativa no desenho deste tipo de veículos, nos seus padrões de fabricação e modelos de operação.

A minivan sem motorista de segunda geração, projetada pelo grupo Xiamen King Long.

A participação do Baidu na construção de veículos sem motorista demonstra as suas ambições no setor da inteligência artificial (IA). A minivan desenvolvida conjuntamente deverá ser capaz de circular nas estradas sem interferência humana, totalmente sob condições específicas, especialmente para uso do “último um quilômetro”, ou seja, a distância que separa as estações de transporte convencionais do destino de cada pessoa.

Além de apresentar a solução da condução automática, o Baidu fornece ainda uma plataforma de condução não tripulada conhecida como “Apollo”, que pode participar no sistema de interação entre veículos e pessoas, simulando uma cena específica, e aplicando essa situação ao sistema de condução automática das minivans.

No relatório proferido na abertura do 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China, Xi Jinping enfatizou a aceleração do desenvolvimento da manufatura avançada e a promoção da integração da internet, big data, e da inteligência artificial com a economia real. É notável que o governo chinês tenha já definido a inteligência artificial como uma estratégia nacional, planejando fazer com que a teoria, tecnologia e aplicação da IA atinjam níveis avançados, permitindo assim à China passar a ser um dos centros mundiais de inovação no setor em 2030.

De acordo com um relatório publicado pela agência PricewaterhouseCoopers, até 2030, a IA irá promover o crescimento do PIB global em 14%. Recentemente, o GoldMan Sachs indicou, no seu relatório “Ascensão da China na Inteligência Artificial”, que o país asiático possui várias condições favoráveis, nomeadamente ao nível de talentos, dados e infraestruturas para o desenvolvimento da IA. Tal deve-se, primeiramente à sua economia, que ocupa o segundo lugar mundial, e ao apoio do governo, mediante planos como o “Internet +”. A presença de grupos de renome no setor de cunho chinês como o Baidu, Alibaba e Tencent, joga também a favor da ambição chinesa. 

(Web editor: Renato Lu, editor)

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