O grupo chinês Alibaba anunciou na semana passada a criação da Academia DAMO, tendo prometido destinar mais de 100 bilhões de yuans (US$15,1 bilhões) à pesquisa tecnológica nos próximos 3 anos. Com este anúncio, o valor do Grupo Alibaba na bolsa superou o da Amazona pela segunda vez.
Na cultura chinesa, o termo “DAMO” tem um significado especial. No Templo Shaolin, diz-se que a academia Damo era o lugar onde o Mastre Bodhidharma (Damo em chinês) — criador do conceito de zen — praticava artes marciais. Nas novelas “wuxia” — estilo literário chinês—, a academia Damo representa a instituição suprema de artes marciais.
A apresentação da “Academia DAMO” pelo Alibaba está vinculada com a paixão pelo “wuxia” de Jack Ma, criador do grupo.
Na verdade, o termo DAMO é a abreviatura das quatro palavras – Discovery (descoberta), Adventure (aventura), Momentum (impulso) e Outlook (prespetiva), como um indicador da realização de pesquisas inovadoras da ciência básica e da tecnologia subversiva.
No dia 11 de outubro, o Grupo Alibaba anunciou a criação da Academia DAMO. (Foto: Grupo Alibaba)
Jack Ma expressou três desejos para a nova academia – ter uma maior longevidade que o Alibaba, servir pelo menos 2 bilhões de pessoas a nível mundial e resolver questões futuras com ciência e tecnologia.
Atualmente, as áreas de pesquisa da Academia DAMO incluem a computação de quantum, o algoritmo básico, segurança cibernética, computação de visualidade, tratamento de idioma, interação entre seres humanos e máquinas de próxima geração, tecnologia de chip e de sensore, inteligência artificial, entre outros.
A Academia DAMO começou já a estabelecer centros de pesquisa científica e tecnológica de ponta na esfera global, criando laboratórios de diferentes ramos.
A academia planeja empregar 100 cientistas e pesquisadores, incluindo Michael I.Jordan, mestre na área de inteligência artificial, e George M.Church, conhecido pela sua contribuição ao projeto de genoma humano.