O presidente dos EUA, Donald Trump, impediu um acordo comercial entre uma instituição chinesa de capital privado e uma fabricante americana de chips.
Esta é a quarta vez em 27 anos que um presidente dos EUA impede a aquisição de empresas americanas, por investidores estrangeiros, alegando riscos de segurança nacional.
Em resposta, o Ministério do Comércio (MC) da China afirmou que a compra é uma escolha orientada para o mercado e que é esperado um ambiente empresarial transparente e adequado no caso em questão, reportou a Chinanews.com na quinta-feira.
Gao Feng, porta-voz do MC, disse, durante a conferência de imprensa do ministério de quinta-feira, que, embora um país tenha direito a censurar investimentos em áreas sensíveis, este não deve ser um pretextopara alimentar o protecionismo comercial.
Gao Feng assinalou também que o comportamento das empresas chinesas durante a aquisição de empresas estrangeiras é baseado no mercado e é uma escolha independente.
O porta-voz espera que o estado em questão aceite a compra de forma justa e objetiva e proporcione um campo de trabalho comercial justo e transparente, evitando a influência negativa sobre a confiança dos investidores.
De acordo com as estatísticas oficiais do MC, o total do investimento direto não-financeiro da China na América atingiu os 19,5 bilhões de dólares em 2016, um aumento de 132,4% em relação a 2015.
Além disso, de acordo com dados do Grupo Rhodium, um grupo americano de gerenciamento de investimentos e análise de políticas, o investimento estrangeiro direto da China na América em 2016 atingiu os 45,6 bilhões de dólares, três vezes o valor do ano anterior. Desde 2000, o investimento direto das empresas chinesas na América atingiu os 100 bilhões de dólares e proporcionou emprego a mais de 140 mil pessoas.