O ex-chanceler da Alemanha, Gerhard Schroder, visitou na segunda-feira, na cidade sul-coreana de Gwangju, quatro mulheres de conforto que foram forçadas a servir o exército japonês enquanto escravas sexuais na Segunda Guerra Mundial.
“Acho que posso transmitir algumas informações para o Japão”, disse Schroder, expressando sua preocupação face à sua interpretação do seu próprio passado.
As declarações foram obtidas durante uma entrevista com o jornal sul-coreano JoongAng Ilbo, no dia 9 de setembro.
“Importam-me fatos objetivos e o destino das pessoas que sofreram na história”, afirmou.
Schroder frisou também que, mesmo que os japoneses de hoje não estejam envolvidos nos crimes do passado, eles devem ser capazes de assumir a responsabilidade pelos acontecimentos da sua história.
O ex-chanceler doou um quadro de fotos com o retrato de Anne Frank, bem como 10 milhões de won (cerca de 9106 dólares) às vítimas.
Anne Frank é uma das vítimas mais mediatizadas do Holocausto, tendo o diário da sua autoria servido de testemunho da vida de uma família de judeus durante a ocupação alemã na Holanda na Segunda Guerra Mundial.