Beijing, 7 set (Xinhua) -- Nas últimas semanas, a polícia de Dalian, uma importante cidade portuária no nordeste da China, intensificou as patrulhas nos portos da cidade para combater a pesca marítima ilegal.

Em 1º de setembro terminou uma proibição de quatro meses à pesca, com milhares de pescadores retomando as operações.

Em maio, o Ministério da Agricultura ordenou o prolongamento de um mês para a proibição anterior. Assim, ficou suspensa a pesca em rios e áreas marítimas de 1º de maio a 1º de setembro, período reprodutivo da maioria das espécies de vidas aquáticas.

Desde 25 de agosto, policiais de Dalian inspecionaram 200 portos, proibindo a pesca pelos que não tinham licença, disse Song Xianguo, subsecretário do Partido Comunista da China do departamento local de polícia.

Os efetivos policiais detiveram um total de 82 barcos sem documentos, e descobriram que 100 pescadores possuíam documentos falsos.

A China implementou medidas proibitivas de pesca por muitos anos com o objetivo de proteger os recursos pesqueiros em seus principais mares, disse Lin Shanqing, subdiretor da Administração Estatal de Assuntos Marítimos.

Durante a proibição, a polícia intensificou a aplicação da lei e realizou campanhas de conscientização cidadã.

Este ano, a polícia de Dalian mobilizou 9 mil agentes para monitorar a pesca ilegal, confiscando mais de 500 barcos e aplicando multas a 270 pessoas que forneceriam logística para estes barcos. Além disso, detiveram 180 pessoas por ordenar ou comprar animais marinhos capturados ilegalmente.

"Estamos estabelecendo um sistema que permite registrar os dados de todos os barcos, pescadores, proprietários, capitães e tripulantes, de modo que possamos descobrir qualquer infração", informou Song.

Até agora foram coletadas informação de 2.400 navios e 3.300 pessoas.

As capturas excessivas nas áreas marítimas causaram danos à biodiversidade marinha, que são visíveis na ilha de Haiyang, no distrito de Changhai, a 73 milhas náuticas de Dalian, uma das quatro maiores áreas de pesca do país.

No primeiro semestre deste ano, a produção de peixes a nível nacional aumentou, mas a pesca de espécies silvestres reduziu em 25,9%.

"Esperamos que, com a extensão da proibição, a ecologia marinha possa melhorar, para que possamos capturar peixes e outras espécies marinhas em maior quantidade e de melhor qualidade", disse Wang Huan, um pescador de Changhai.

Desde 2013, Dalian investiu 184 milhões de yuans (US$ 27 milhões) na distribuição de filhotes de peixe, que podem alimentar-se, no mar.

No Município de Tianjin, próxima a Beijing, a autoridade pesqueira impôs multas de 400 mi yuans durante a vedação, e deteve uma pessoa por violar a proibição.

A proibição de pesca terminou em 16 de agosto no Mar do Sul da China. Durante a proibição, 92 casos de pesca ilegal foram registrados, 30% a menos que em 2016, segundo as autoridades de assuntos marítimos e pesca da Província de Hainan.

As autoridades aumentaram a supervisão e pediram as pessoas que denunciem ações de violação durante o período de proibição.