Rio de Janeiro, 7 set (Xinhua) -- Os ex-presidentes brasileiros Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff negaram na terça-feira à noite as acusações de corrupção contra eles.
"As acusações do Ministério Público não têm fundamento e são uma ação política (...) uma campanha de perseguição contra o ex-presidente Lula, movida por setores dominados pelo partido do sistema judicial," afirmou a assessoria de imprensa de Lula.
"Foi anunciado hoje para tentar criar um fato negativo no dia em que Lula conclui sua jornada vitoriosa pelo nordeste do país," disse o escritório.
Lula está atualmente realizando uma caravana vitoriosa nos estados do nordeste para reunir apoio e destacar as conquistas do governo do Partido dos Trabalhadores na região.
Lula e Rousseff foram formalmente acusados de associações criminosas pelo procurador-geral Rodrigo Janot. Com base em depoimentos de Marcelo Odebrecht, dono da empresa de construção Odebrecht, a acusação acusou ambos os presidentes de encabeçar um esquema para favorecer o Partido dos Trabalhadores e prejudicar a gigante petrolífera Petrobras.
Rousseff também divulgou uma declaração acusando Marcelo Odebrecht de mentir descaradamente em seu depoimento e negando qualquer participação em esquemas de corrupção ou suborno.
"A informação que Dilma Rousseff perguntou ou ordenou que alguém solicite recursos ou favores de Marcelo Odebrecht ou executivos de sua empresa é mentirosa," disse a assessoria de Rousseff.
"Isso nunca aconteceu. A verdade virá à luz," disse seu escritório.
Além de Lula e Rousseff, a senadora Gleisi Hoffmann, atual líder do Partido dos Trabalhadores, também foi denunciada no mesmo caso.
Hoffmann negou todas as acusações e disse que a acusação tenta desviar a atenção de um caso proeminente de corrupção envolvendo Geddel Vieira Lima, um ex-ministro da atual administração, que foi encontrado na posse de vários milhões de reais em dinheiro vivo no início desta terça-feira.